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DELAÇÕES E O PSDB | Delação envolvendo Alckmin ataca cerne do Partido Tucano

Após o nome de Geraldo Alckmin aparecer nas delações da Odebrecht, PSDB não consegue dar uma resposta a tantas acusações.

Vanessa OliveiraProfessora do ABC

quinta-feira 13 de abril de 2017 | Edição do dia

O primeiro relato de executivos da Odebrecht envolvendo diretamente o governador de São Paulo aconteceu ontem (12), onde um ex-executivo disse em seu acordo de delação que Geraldo Alckmin (PSDB) negociou pessoalmente o repasse de R$2 milhões via caixa dois para sua campanha de 2010. O executivo Benedicto Junior acrescentou que essas negociações eram pedidos direto de Alckmin, e que em sua campanha de reeleição de 2014 o valor de R$8,3 milhões foi repassado por intermédio de Marcos Monteiro, ex-tesoureiro do partido e ex-secretário de Planejamento.

De acordo com o delator esses valores não foram repassados para declaração de contas oficiais, enviada a justiça eleitoral.

O diretor da Odebrecht Carlos Armando Paschoal, na época, disse que o Governador entregou pessoalmente o cartão de visitas de seu cunhado, o empresário Adhemar Cesar Ribeiro, que viria a ser o canal direto de Alckmin recebendo assim, os recursos.

Segundo o delator, as negociações eram feitas em nome do partido PSDB, que tinha o codinome de “MM”.

Paschoal ainda detalhou os encontros e as negociações, afirmando que o cunhado de Geraldo é uma pessoa muito cuidadosa e desconfiada, por isso, muitos vezes se encontraram pessoalmente, mas os encontros eram rápidos e serviam apenas para combinar as senhas para os repasses.

A assessoria do governador nega as acusações e diz que prestarão contas sobre os fatos. O interessante desde que a lista de Fachin foi apresentada é a preocupação dos líderes do partido tucano (PSDB) que desde ontem reagem de forma descoordenada e não conseguem dar uma resposta a tantas acusações.

As delações atingiram quase toda cúpula tucana e seus dirigentes analisam que é preciso mudar o jogo rápido para que o partido não seja dizimado, como aconteceu ao PT que foi o mais atingido no caso dos ataques da Lava Jato.

O partida ainda aposta na atuação de Dória, atual prefeito de SP, que "recém chegado" ainda tem uma “ficha limpa” e pode se esquivar dos ataques que o partido tem sofrido nesses dias.

Sabemos que todas essas preocupações dos partidos envolvidos nas delações em nada buscam realmente atuar com uma política que atenda a classe trabalhadora. O grande interesse destes é o de como perpetuar sua atuação a favor de seus interesses num jogo de ataques entre partidos e posições políticas, que passam longe das demandas dos trabalhadores brasileiros.




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