×

ELEIÇÕES 2018 | Defensor das privatizações, Roberto Justus pensa em se candidatar a presidente

Em momento de crise política e econômica em que ’’antipolítica’’ ganha força no cenário nacional, o empresário Roberto Justus tem intenção de entrar na disputa presidencial em 2018. Para o empresário, a população se cansou da ’’ineficiência’’ e ’’corrupção’’ dos políticos. Essa demagogia traz juntos ideias privatizantes e de ataques, Justo defende a privatização da Petrobras e outras empresas.

segunda-feira 12 de dezembro de 2016 | Edição do dia

Em entrevista para a Folha de São Paulo, Justus admite a possiblidade em ser candidato. Ele conta que em conversas, falaram ‘Qual é o empresário que tem o teu perfil, líder de mercado onde atua, respeitado e que tem o conhecimento do grande público pelo fato de estar há 14 anos na televisão? Você não tem passado sujo, tem credibilidade, e é considerado um bom gestor’. E ele respondeu: ‘olha, é verdade’. Para Justus, o que falta para ele entrar neste projeto é vontade. O empresário que está conversando com dois ou três partidos, afirma que existe partidos novos, limpos ainda.

Sobre a corrupção, Roberto Justus afirma que o político em vez de se entregar para a vida pública, acaba buscando o poder e o enriquecimento ilicito. O empresário aproveitou a brecha pra dizer que a acha a Lava Jato sensacional e que ela veio pra ser um marco para a história

Se Justus fizesse campanha agora, ele afirmou que terá o seguinte lema ’’quem quer ajudar o Brasil?’’ Para ele será bem vindo, pessoas físicas, grandes empresários, caras com mentalidade de ’’livre iniciativa’’, apoiando economia de mercado, ’’redução do Estado’’, desburocratização, criação favorável, geração de emprego. O empresário também disse que adoraria ver o Brasil privatizando a Petrobras, Banco do Brasil e a Caixa.

Frente a crise política e econômica que o país está passando - crise está que tende a continuar até 2018 - grande parte dos empresários e banqueiros estão procurando alguém que consiga aplicar os ataques contra os trabalhadores e demais setores populares da sociedade para concorrer as eleições presidenciais em 2018. Se apoiando num sentimento da população de que ’’todos os políticos são corruptos’’, setores dos grandes empresários brasileiros alimentam a visão de que o país não precisam de ’’políticos’’, mas ’’gestores’’.

Quem são estes gestores que vem ganhando destaque na mídia? Empresários como Roberto Justus que já chegou a naturalizar em seus programas de televisão as demissões. Frente a crise política que se aprofunda com o vazamento das delações premiada da Odebrecht, setores dos grandes empresários já cogitam colocar um ’’outsider’’ como Justus que aparenta estar por fora da corrupção que atinge a política. Contudo o que vem se provando é a ligação da corrupção com os interesses empresariais, e além disso a própria pressão do mercado para atacas os direitos trabalhistas.

Mas como já vimos em textos anteriores neste site, os ’’gestores outsiders’’ que apresentam por fora dos esquemas espúrios que acontecem na política é uma tremenda de uma falácia. João Dória, novo prefeito da cidade de São Paulo é acusado de abuso de poder econômico nas eleições internas do PSDB e além de ser acusado de desviar 6 milhões de cruzados na época em que foi presidente da Embratur nos 80 (http://www.esquerdadiario.com.br/Doria-teria-desviado-6-milhoes-de-cruzados-quando-presidente-da-Embratur-nos-80).




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias