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LEVY FIDELIX | Declaração homofóbica “Aparelho excretor não reproduz" gera multa a Levy Fidelix

A famigerada frase proferida por Levy Fidelix (PRTB-SP), durante um debate presidencial em 2014, “Aparelho excretor não reproduz", e todo o seu discurso de ódio que se seguiu, lhe valeram uma multa de R$ 25 mil.

quarta-feira 22 de fevereiro de 2017 | Edição do dia

A Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania de São Paulo manteve a condenação do presidente do PRTB, multado por "prática de discriminação homofóbica". A denúncia de discriminação homofóbica foi formulada pela Coordenação de Política para a Diversidade Sexual do Estado de São Paulo contra Levy Fidelix.

Durante o debate de 2014, a candidata Luciana Genro (PSOL) fez uma pergunta a Fidelix sobre suas políticas para a defesa dos direitos da chamada comunidade LGBT, de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais, no caso de ser eleito. Em sua resposta o candidato conseguiu chocar, tamanho preconceito e reacionarismo que destilou, equiparando homossexualidade a pedofilia, e tratando como caso de doença, tal qual a medicina do começo do século passado chegou a fazer.

"Aparelho excretor não reproduz", disse Fidelix. "Como é que pode um pai de família, um avô, ficar aqui escorado porque tem medo de perder voto? Prefiro não ter esses votos, mas ser um pai, um avô que tem vergonha na cara, que instrua seu filho, que instrua seu neto. Vamos acabar com essa historinha. Eu vi agora o santo padre, o papa, expurgar - fez muito bem - do Vaticano um pedófilo."

Além disso, afirmou: "Então, gente, vamos ter coragem. Nós somos maioria, vamos enfrentar essa minoria. Vamos enfrentá-los. Não tenha medo de dizer ’sou pai, uma mãe, vovô’, e o mais importante é que esses que têm esses problemas realmente sejam atendidos no plano psicológico e afetivo, mas bem longe da gente, bem longe mesmo porque aqui não dá."

Aqueles que sim devem ter coragem de se levantar e enfrentar essa direita raivosa, que pensa que pode destilar tamanha ignorância e preconceito impunemente, são os LGBTs, as mulheres, os negros, as minorias que já não mais suportam ouvir esse discurso de ódio calados. Mais importante do que o valor da multa é a condenação em si, ainda que pequenos os seus direitos, os oprimidos têm que fazer valer cada “trincheira de direito” para fazer recuar esse conservadorismo. A única coisa estéril que tem de tornar-se estéril é esse discurso de ódio.




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