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EDUARDO CUNHA | Cunha manobra novamente

Após virem à tona mais cinco contas no exterior do deputado Eduardo Cunha (PMDB), aliados do presidente da Câmara determinam manobra que faz o processo contra ele voltar ao ponto de partida.

quinta-feira 4 de fevereiro de 2016 | 01:12

Nesta terça-feira, dia 02, tornou-se pública a decisão do vice presidente da Câmara Waldir Maranhão (PP-PA), que acatou o recurso do deputado Carlos Marun, correligionário de Cunha, onde alegou que após a troca dos relatores do processo (determinada pelo mesmo Waldir Maranhão), a defesa deveria ter tido mais tempo para analisar o teor do parecer dado pelo deputado Marcos Rogério do PDT-TO (que foi no mesmo sentido do parecerista anterior Fausto Pinato, PRB-SP - pela continuidade das investigações).

Waldir Maranhão decidiu anular a decisão do Conselho de Ética que aprovava a continuidade do processo de investigação de Cunha por quebra de decoro parlamentar, e por via de despacho assinado em 22 de dezembro e publicado nesta terça-feira, deu a Cunha o direito de apresentar nova defesa ao Conselho de Ética, aos parlamentares, a reabertura da discussão do parecer e aos aliados do presidente da Câmara, o direito de pedir vista do processo antes da nova votação, alongando todo o processo e deixando às claras as trocas de favores e privilégios entre os representantes dos partidos conservadores e da burguesia.

Cunha ainda protocolou na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) um recurso para que seja anulado todo o processo que o investiga.

Através de manobras de procedimentos no Congresso, Cunha espera se livrar dos processos contra ele e se manter no posto de presidente da Câmara. Para tal, joga com os interesses do governo Dilma em tirar do Congresso a pauta do impeachment, para colocar no centro da pauta o aprofundamento do ajuste e os interesses da oposição.

Comentando essa situação, Marcelo Pablito, diretor do Sintusp, afirmou que “não temos nenhuma esperança que pela via dos conselhos de ética do Congresso possamos ter algum ganho seja na luta contra a direita, seja contra os privilégios dos políticos ou contra os corruptos. O Supremo Tribunal Federal também já mostrou inúmeras vezes que está longe de ser apolítico ou técnico, mas que faz parte da mesma casta que domina o Congresso. O único caminho é o da mobilização dos trabalhadores e da juventude, para impor, por exemplo, a revogabilidade de todos os políticos pelos seus eleitores e a escolha dos juízes pelo voto popular e não por indicação, como é feito hoje".




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