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Crise orçamentária adia aulas na UERJ

quinta-feira 12 de março de 2015 | 19:59

A crise afeta o ensino, a pesquisa e a extensão e todos os que estão dentro da universidade, tomando sua forma mais aguda quando se trata do pagamento dos funcionários da limpeza, manutenção e ascensoristas dos elevadores, que chega a três meses de atraso. Afeta as turmas novas que estão entrando e que podem não ter aula porque falta contratar 570 professores para atingir o que seria 25% do quadro normal de professores.

Os estudantes, além de serem afetados pela diminuição de salas de aula, também são atingidos diretamente pelo atraso das bolsas, que desde janeiro estão caindo no final do mês. A UERJ, conhecida por ser a primeira universidade a implementar o sistema de cotas, está atacando esses sectores, deixando muitos desses estudantes sem possibilidades de continuar dentro da universidade, produzindo a expulsão dos estudantes pobres e negros, e embranquecendo a UERJ. Além disto no início do ano, aumentaram as quedas de luz, tendo apagões parciais dentro da Universidade quase todos os dias.

No documento, o REItor responsabiliza o Governo do Estado pelo adiamento das aulas, por falta do repasse de verbas. No entanto, nunca se preocupou em oferecer nenhuma justificativa sobre a administração dos recursos da UERJ, sendo as contas da Universidade um mistério. Por isso temos que exigir a abertura das contas da UERJ, para que os três setores, estudantes, trabalhadores efetivos e terceirizados e professores, possa avaliar e decidir sobre a administração dos recursos da Universidade.

Com o corte de 25% na educação do governo Pezão (PMDB), a precarização estrutural das estaduais do Rio (UERJ, UEZO e UENF) torna-se insustentável, a saída é organizar uma forte greve dos estudantes, professores, trabalhadores efetivos e terceirizados, em cada unidade e curso, seguindo o caminho aberto pelos professores do Paraná, que com a força de sua greve barraram parcialmente o pacote de cortes do governador Beto Richa(PSDB). Por isso, , para defender a Universidade e também para reorganizá-la democraticamente, defendemos na UERJ a organização de um congresso dos três setores para construir a greve pela base.

Aos cortes na educação feitos pelo governo Pezão, se somam os cortes pelo governo Dilma nas Universidades Federais. A UFRJ passa agora pela mesma situação, também com aulas adiadas por não pagamento dos terceirizados e já ameaça cortar bolsas de permanência dos estudantes. Por isso defendemos a perspectiva de coordenar os estudantes, trabalhadores (efetivos e terceirizados) e professores das diferentes Universidades: UERJ, UFRJ, UFF, UEZO e UENF, em ações conjuntas para barrar os ajustes na educação que acontecem a nível nacional.




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