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COLAPSO NA SAÚDE | Covid-19 já matou mais em 2021 que em todo ano passado, em 1/5 das cidades brasileiras

De janeiro a março 22% das cidades registraram mais mortes por covid-19 do que em todo o ano passado. Em 8 estados já se atingiu metade de de todos os falecimentos ocorridos durante o ano de 2020. É com muito pesar que se escreve essas linhas. Não é possível esperar as eleições de 2022, é preciso organizar a luta imediatamente pois seguiremos morrendo.

sexta-feira 12 de março de 2021 | Edição do dia

Foto: fotospublicas.com.br/crédito:NIAID

Amazonas, Roraima, Rondônia, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul já registram, nesses 3 primeiros meses de 2021, metade do total de mortes de 2020. Nesse ritmo chegaremos ao fim de 2020 com 4 vezes mais mortes decorrentes do novo coronavírus e suas variantes. Enquanto isso setores bolsonaristas da extrema direita fazem carreatas e manifestações defendendo, segundo eles, “o direito de trabalhar”. Em verdade são patrões defendendo o direito de explorar e expor seus funcionários ao risco de morte em nome de seus lucros, como ocorreu em Porto Alegre inclusive com uma bolsonarista fazendo referência o nazismo. Só a luta de classes pode dar um freio nisso.

São mais de 270 mil vidas perdidas, que em sua maioria poderiam ter sido salvas não fosse a política negacionista de Bolsonaro e de todo o regime com STF e governadores em ceder a pressão do capital pelo teto de gastos em saúde e educação para manter o assalto capitalista aos cofres públicos que chamam de “dívida pública”. Mais de 2 mil pessoas estão morrendo por dia por conta da covid-19, fora as que morrem de outras enfermidades em consequência do colapso no sistema de saúde. É preciso mais do que nunca dar um basta nessa sangria e somente a classe trabalhadora organizada pode dar uma resposta.

Grandes centrais sindicais como CUT e CTB possuem todas as condições de promover essa organização chamando assembleias em cada categoria e local de trabalho. É preciso exigir desde a base que essas centrais rompam com a política do PT e do PCdoB em esperar as eleições de 2022 para que a resposta seja nas urnas. A resposta precisa ser nas ruas e em cada local de trabalho e moradia porque esperar estagnado até 2022 significa aceitar passivamente 4 vezes mais mortos por covid-19 em sua ampla maioria na nossa classe. Somente uma luta real dos trabalhadores organizados, com todos os protocolos sanitários possíveis, pode impor a quebra das patentes sobre as vacinas para uma vacinação em massa da população, a estatização de todo o sistema de saúde sob controle das trabalhadoras e trabalhadores e a conversão de grandes indústrias também sob controle operário para a fabricação de insumos hospitalares para aumentar o número de leitos. Ao mesmo tempo impor nas ruas a revogação de todas as reformas que precarizam o trabalho e a aposentadoria e o não pagamento da fraudulenta dívida pública para que sejam os capitalistas que paguem pela crise.




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