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EDUCAÇÃO | Covas vai aplicar provas para avaliar aprendizado de alunos durante pandemia e EAD

A fim de avaliar o nível de aprendizado obtido através do ensino remoto durante os meses de pandemia e isolamento social, a prefeitura de São Paulo sob gestão de Covas irá, ainda neste mês, aplicar cinco provas para estudantes do ensino fundamental.

quarta-feira 9 de dezembro de 2020 | Edição do dia

Foto: GovSP/Secom

A Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, governada pelo tucano Bruno Covas declarou que serão aplicadas cinco provas até dia 22 de dezembro para verificar o nível de aprendizado dos estudantes durante o período de pandemia e isolamento social através de uma plataforma digital.

A ideia de analisar o quanto os estudantes da Educação básica aprenderam neste ano abarca o Fundamental I, II e Ensino Médio e tem o objetivo de preparar planos de recuperação e reforço para o próximo ano. Estas provas deste mês irão avaliar os 1,4 milhão de alunos do 4º ao 9º ano do ensino fundamental. O plano ainda afirma que na volta às atividades presenciais, uma nova avaliação mais abrangente será aplicada.

Entretanto, é absurdo que submetam os alunos a provas de aprendizado após um ano atípico e conturbado com a pandemia, em que o desemprego aumentou, o isolamento social não foi uniforme e para todos, não houve testagem em massa justamente pelas políticas dos governos estadual e municipal. Esses estudantes sofreram também com a imposição de Covas e seu parceiro Doria ao EAD, não contando com nenhuma garantia de acesso.

O EAD na educação básica escancarou a realidade de muitos alunos sem condições de estudo em suas casas, sem internet e equipamentos devidos. O ensino remoto serviu para aprofundar ainda mais o abismo entre o ensino público e o privado no município. O que o governo Covas e Doria fez foi usar a situação dramática, fazendo um discurso demagógico de preocupação com a educação para na verdade enriquecer o bolso de empresários da tecnologia, utilizando os gigantes Google e Microsoft com as plataformas “Classroom” e “Teams” respectivamente.

Além disso, os professores também não encontravam em suas casas lugares adequados para o trabalho, tendo que cuidar dos filhos, das tarefas domésticas, muitas vezes sem equipamentos e metodologia, com pouco suporte por parte do governo, aprofundando a situação de precariedade do trabalho docente que os professores da rede pública já enfrentam historicamente.

Não só isso, o ensino remoto online facilita também a perseguição e controle ideológico do trabalho docente, não estando descartado que os governos sigam utilizando essas plataformas digitais na educação, aprofundando a precarização do ensino público.

Essa é a situação da educação básica pública na cidade de São Paulo sob gestão de Covas. No segundo semestre, com o objetivo de “fazer girar a economia” e salvar os lucros dos empresários, tanto Doria como Covas tentaram impor um retorno presencial totalmente inseguro, barrado pela força das comunidades escolares que estavam quase que totalmente contrárias ao retorno presencial.

Confira a proposta de Plano Emergencial imposto pelas comunidades escolares.




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