O Esquerda Diário conversou com Marcello Pablito e Thais Oyola, do MRT que acabaram de ser eleitos pra Executiva Estadual da CSP-Conlutas de São Paulo.
quinta-feira 10 de março de 2016 | 02:00
Neste último sábado, 05 de março, reuniu-se a Coordenação Estadual da CSP-Conlutas com trabalhadores de distintas regiões do estado de São Paulo para discutir quais posições políticas para levantar uma alternativa dos trabalhadores frente aos ajustes do governo do PT e das investidas da oposição de direita.
O Esquerda Diário falou com Marcelo Pablito, diretor do Sintusp "Esta reunião acabou acontecendo no dia seguinte ao chamado de Lula a toda militância do PT em sua defesa, quando a 24a. operação da Lava-Jato o colocou no centro da investigação. E, como era de se esperar, boa parte das falas teve que considerar a movimentação mais ofensiva que o PT poderá ter no próximo período, impactando setores importantes de trabalhadores. Por isso para nós é fundamental lutar por um movimento nacional contra os ajustes e a impunidade dos políticos corruptos e poderosos, exigindo que as centrais sindicais rompam sua colaboração com o governo e passem a organizar de fato a luta contra os ajustes".
Thais Oyola, delegada sindical da Caixa de São Paulo, também esteve na reunião "Como apontou Pablito este enfrentamento com os ajustes do governo e da oposição de direita precisará colocar em cheque seus principais instrumentos de controle sobre os trabalhadores: as centrais sindicais ( principalmente CUT, CTB, Força Sindical) que estão ligadas pela medula com o PPE, cortes salariais, demissões, lay-offs, entre outros. Além disso é preciso relacionar esta luta com a situação política do país, uma vez que querem sempre por cima negociar os interesses pra terminar descarregando a crise nas nossas costas".
Dentro da Central Sindical e Popular se expressam distintas posições sobre como encarar a situação nacional. "É importante ressaltar que a direção majoritária da CSP-Conlutas, o PSTU, transpõe bastante para essa central a sua política nacional de exigir eleições gerais, o que pra nós é um grande erro pois se trata de apresentar uma política com verniz mais de esquerda pra uma saída que é reacionária já que facilita a entrada da direita no governo. Outras correntes minoritárias também tem posições distintas, e achamos fundamental que estas posições se expressem", comentou Pablito.
Thais e Pablito encerraram dizendo que "Nós fomos eleitos nesta reunião pra compor a Executiva Estadual da CSP-Conlutas com o objetivo de, a partir de nossas bases, contribuir pra construir uma alternativa independente e na luta de classes onde a CSP-Conlutas possa cumprir um papel fundamental na luta por um movimento nacional contra os ajustes e a impunidade que lute também pra impor uma Assembléia Constituinte Livre e Soberana, conforme a declaração que nós do MRT publicamos esta semana, única forma dos trabalhadores ao lado da juventude buscarem uma posição independente."
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