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Metrô de SP | Conquista da luta dos Metroviários de SP em 2021 é confirmada com derrota do PSDB e do Metrô no TST

Fernanda PeluciDiretora do Sindicato dos Metroviários de SP e militante do Mov. Nossa Classe

quarta-feira 17 de agosto de 2022 | Edição do dia

Na campanha salarial de 2021 os Metroviários de SP, em meio à pandemia e a todos os ataques do Bolsonarismo e do PSDB em SP, realizaram uma forte greve, que rompeu o cerco midiático e ganhou apoio da população com a denúncia da política de privatização dos transportes.

A greve do dia 19/05 impôs naquele momento uma derrota à direção da empresa e ao governo Doria no TRT de São Paulo. Os metroviários conquistaram o reajuste de 7,58% e a manutenção integral do acordo coletivo. Uma conquista que só foi possível, porque a categoria insistiu até o fim na mobilização, apesar da política da burocracia sindical da Chapa 1 - CTB (PCdoB e PSB) e CUT (PT) - em defender aceitar um acordo rebaixado, que previa a retirada de direitos do ACT.

Veja aqui a defesa de Fernanda, do Nossa Classe, do caminho da mobilização, contra a proposta da burocracia da Chapa 1 de aceitar os ataques:

A política da burocracia sindical foi derrotada em votação massiva dos trabalhadores, mesmo com todo o alarde da burocracia em dizer que depois tudo se perderia no TST, pois o metrô entraria com recurso. Ontem foi o julgamento desse recurso do Metrô em Brasília, e novamente a justiça dos patrões não quis pagar para ver a força dos trabalhadores, ainda mais em ano eleitoral, e negou o recurso da empresa. Os Metroviários mantiveram, portanto, os 7,58% de reajuste e a validação de todas as cláusulas sociais por 4 anos conquistados pela mobilização.

Esse resultado acontece durante as eleições do sindicato dos Metroviários de SP. A chapa 1 formada por esses mesmos setores da burocracia, do PCdoB, PT e do PSB de Alckmin, e que agora contam também com a integração da UP como parte da chapa, tentaria se favorecer numa eventual derrota da categoria, como tese para "comprovar a sua política naquele momento". Teriam que torcer para derrota, condizente com a política que tiveram em todo o país durante os anos de Bolsonarismo, traindo a luta dos trabalhadores contra as reformas e construindo a passividade necessária para os interesses da patronal prevalecerem.

São protagonistas na atual conjuntura de ser a base da política de conciliação com a direita e os empresários que apoiaram os ataques de Bolsonaro, e de frente ampla do PT com a chapa Lula/Alckmin, e Haddad em SP, que já declarou recentemente ser a favor da privatização da CPTM, "Com um outro modelo, que beneficie os usuários". Qual o modelo de privatização que não destina bilhões do dinheiro público para os lucros dos principais consórcios e favorece a população? Todas as PPPs, modelo criado pelo candidato quando era ministro, mantêm esse compromisso com os empresários. Esses são exemplos de que para derrotar as privatizações, assim como as reformas e ataques, precisamos enfrentar Bolsonaro e toda a direita com a luta de classes, sem alianças com os patrões.

Contra essa política da burocracia sindical, nós do Movimento Nossa Classe estamos compondo e impulsionando a Chapa 2 - Metroviárias e Metroviários em luta, junto às demais correntes da esquerda que também se posicionaram contra a proposta da burocracia de aceitar os ataques da empresa- Alternativa (PSTU, CST, LS, MES), Chega de Sufoco (Resistência/PSOL), e ativistas independentes, a partir de um programa que, entre outros pontos (que listamos abaixo), mantém a defesa intransigente da independência de classe contra qualquer tipo de conciliação, e de um sindicato independente de qualquer governo que venha a ser eleito, do fim da terceirização com a efetivação de todos os trabalhadores terceirizados, da rotatividade dos liberados, e exigindo batalha, em exigência às grandes centrais, pela unidade com o conjunto da nossa classe na luta contra os ataques que geram fome e desemprego. A campanha da chapa 2 se fortalece a cada dia, conquistando muitos apoios nas áreas dos trabalhadores, e ainda mais agora após o resultado do dissídio que celebrou a vitória dos trabalhadores.

As eleições irão ocorrer dos dias 28/08 a 02/09, e nós do Movimento Nossa Classe fazemos uma chamado a todas lutadoras e lutadores dos mais diversos setores do movimento operário, que se contagiaram com a luta dos Metroviários, no último período, participando lado a lado em cada batalha contra as reformas, a apoiar a chapa 2.




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