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Congresso brasileiro é o segundo mais caro do mundo dentre 110 países

quinta-feira 22 de setembro de 2016 | Edição do dia

Um estudo realizado pela ONU analisou o custo de senadores e deputados de 110 países. Neste grupo, o Brasil ficou em 2º lugar entre os que mas gastam para sustentar os políticos, atrás apenas dos EUA.

Os privilégios dos políticos custam muito caro para a população trabalhadora do mundo inteiro. A ONU e a UIP (União Interpalamentar) publicaram um estudo que analisa esses números. Cada parlamentar brasileiro, segundo o levantamento, custava, em 2011, US$ 7,4 milhões por ano. Um valor absurdo, que é calculado por baixo pois não contabiliza o que é desviado por meio dos esquemas de corrupção. O estudo utiliza os gastos totais com os parlamentares, que não se resumem somente aos salários, pois eles recebem ainda inúmeros benefícios, auxílios e outros penduricalhos que podem até dobrar o que ganham.

Esses números foram enviados pelos próprios países. Alguns, como a Itália, não enviaram seus relatórios. Na pesquisa, os valores são convertidos em dólar e ajustados de acordo com o poder de compra, para que a comparação seja mais aproximada, considerando o custo de vida de cada país.

Não somente no Brasil, mas em países imperialistas como os EUA, o custo dos políticos é pesado aos cofres públicos. Em 2011, em plena crise econômica que engolia os salários dos trabalhadores, os americanos pagaram US$ 9,5 milhões para sustentar os privilégios de seus políticos. A lista completa dos países analisados pode ser encontrada aqui.

Considerando somente os salários e benefícios dos 513 deputados brasileiros, sem contar os demais gastos da Câmara, é consumido cerca de R$1 bilhão por ano, utilizando os valores de 2016. Como os salários e os privilégios são aumentados por eles mesmos, é difícil fechar um valor que expresse o prejuízo que os parasitas da Câmara e do Senado causam.

Enquanto planejam inclusive congelar por 20 anos o salário do funcionalismo público concursado através da PEC 241/16, os deputados e senadores desfrutam de um orçamento quase ilimitado. As categorias de trabalhadores que conseguem garantir aumento de salário precisam lutar, fazer greve e ainda sofrem represálias como corte de ponto, perseguições e demissões, por terem brigado pelos seus direitos.

Estes verdadeiros bandidos, junto ao Judiciário (que é o mais caro do mundo, custando mais de 1,3% do PIB brasileiro, superando salários de magistrados na Itália, França e diversos países da Europa) buscam preservar seus privilégios censurando a esquerda e atacando os trabalhadores com as reformas trabalhistas e da previdência. As candidaturas anticapitalistas do MRT, como a de Diana Assunção em SP, exigem que todo juiz e alto funcionário de Estado seja eleito e revogável, e receba o mesmo salário de uma professora. Isso está inscrito na batalha por modificar as regras do jogo de conjunto deste sistema podre, e impulsionar uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana em base à mobilização de resistência dos trabalhadores contra os ataques de Temer.




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