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4ª Conferência em São Bernardo de Políticas Públicas para as Mulheres | Conferência vota Dilma como representante das mulheres, mas ignora as 500 mortes anuais por aborto clandestino

Virgínia GuitzelTravesti, trabalhadora da educação e estudante da UFABC

terça-feira 15 de setembro de 2015 | 01:45

Segundo noticiado pelo jornal ABCDMAIOR, membros envolvidos em projetos, autoridades públicas e sociedade civil comporiam o evento, propagandeando uma comemoração que não corresponde com as contradições de mais de 5 anos com uma mulher como presidente da República.
Entre os avanços apontados foi a criação da Lei Maria da Penha há 9 anos, já apontada como insuficiente por reduzir menos de 5% da violência doméstica. A aprovação da Lei contra o feminicídio, que excluiu as travestis e mulheres trans da contabilização e do projeto de combate a violência, também deixa ainda mais claro as contradições desse "avanço inquestionável da vida das mulheres".

Dilma: uma representante das mulheres?

Apontando que o Congresso está mais conservador, a Conferência não reconheceu que Dilma e o PT em base aos acordos com Vaticano e setores extremamente reacionários vem atacando diretos fundamentais como a educação sexual nas escolas, o direto ao aborto e os diretos trabalhistas das mulheres.
O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, propôs a criação de uma moção de solidariedade à presidente, que segundo o Petista representa todas as mulheres brasileiras vítimas de ataques de gênero. Todavia, foi Dilma que vetou o kit anti homofobia, desistiu de legalizar o aborto e vem aplicando o ajuste econômico que pesa mais as mulheres trabalhadoras, que seguem sem o direto a maternidade com creches, restaurantes e lavanderias gratuitas.
Se as primeiras eleições criaram muitas expectativas em ter uma mulher na presidência, hoje podemos ver que muito pelo contrário de mais conquistas, uma paralização e institucionalização dos movimentos Sociais. Maíra Machado, conselheira regional da APEOESP Santo André comentou que "a saída para as mulheres é romper com este governo e se organizar de forma independente. A igualdade na lei, conquistada com muita luta, ainda está longe da igualdade da vida. Nós mulheres não pagaremos pela crise".
Foram eleitas 17 delegadas da sociedade civil, que participaram da Conferência Regional marcada para 17 de outubro no Consórcio Intermunicipal. Na próxima terça-feira (15/09) ocorrerá em Diadema a Conferência, a partir das 8h no auditório do Quarteirão da Saúde. O evento será aberto ao público.




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