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GUARABIRA (PB) | Confêrencia de Esquerda Diário na Universidade Estadual da Paraíba politiza debate político pós-impeachment

No dia 9 de setembro passado Shimenny Wanderley, Licenciada em Ciências Sociais e do staff de Esquerda Diário ministrou uma Conferência com o tema “Brasil: Conjuntura Política Pós Golpe Institucional”, na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), na cidade de Guarabira na Paraíba.

quarta-feira 28 de setembro de 2016 | Edição do dia

Foi uma das primeiras intervenções políticas que realizamos no nordeste desde Esquerda Diário uma vez consumado o golpe institucional, só posterior a uma mesa debate em que participaram por este jornal Janaina Freie e Ferreira Junior na cidade de Serra Talhada em Pernambuco.

Temos que lembrar que foi uma fala de conjuntura poucos dias depois do golpe institucional, um conjunto de mobilizações em que os protagonistas centrais foram jovens não regimentados pelos aparelhos políticos do PT e da CUT e num contexto nacional de aumento da repressão, como vivenciamos na mobilização do dia 02 de setembro em campina Grande (PB), como mostra também da ilegitimidade dum governo que ataca de forma sistemática a classe trabalhadora e não oferece perspectivas a juventude.

Também foi antes que se tente lavar a cara do golpe a través da cassação de Eduardo Cunha, Carmen Lucia presidente do Tribunal Supremo Federal, os novos desdobramentos da Lava Jato que pretendem marcar os tempos políticos desde o Judiciário se apresentando como arbitro na crise política e que tornaram Lula réu, prisões de Mantega mesmo que temporária e a de Palocci e as propostas de paralisações dos dias 22 e 29 de setembro.

Na ocasião, Shimenny Wanderley fez uma intervenção na qual criticou de forma clara o golpe institucional, se diferenciando da política fracassada do PT, da CUT, PCdoB e UNE, chamando, então, a realizar um balanço político e tirar lições do que significou a ausência de resistência dos hoje ex-governistas.

Também se referiu entre outras coisas a crise política que os golpistas pensavam fechar com impeachment, mas que se reabriu em duas frentes qualitativamente diferentes: na superestrutura política quando Renan Calheiros articulou 19 senadores para não cassar os direitos políticos da já ex-presidente gerando uma crise nas alturas com o PSDB assim como outra crise qualitativamente muito mais relevante, a que se abriu nas ruas com uma forte mobilização juvenil não controlada pelos aparelhos políticos e sindicais dos ex-governistas.

Nesse momento toda a estratégia do PT estava focada em transformar a luta contra o golpe em uma luta pelas Diretas já! e a intervenção de Shimenny Wanderley foi justamente se delimitando desta posição política, assim como a do chamado a eleições gerais, defendendo a necessidade de uma nova constituinte imposta pela mobilização e exigindo que a CUT e a CTB, abandonem sua criminosa paralisia e convoquem a assembleias de base nos locais de trabalho para organizar a resistência aos ataques e construir a greve geral. Diretas Já ! para fortalecer o regime e repactuar com a direita entre outros elementos da conjuntura do pais que levantará.

No momento de abrir a discussão foi construída uma clara polaridade quando um defensor acrítico do PT e da CUT fez uma intervenção de forma agressiva e absolutamente desrespeitosa com um conjunto de preconceitos sobre a fala da conferencista irritado pelas críticas realizadas por Esquerda Diário. Mesmo assim nas seguintes intervenções desde o público integrantes de Esquerda Diário como Danilla Aguiar e Janaina Freire partiram para a ofensiva sem se intimidar mesmo que o ex-governista inconformado tentou interromper as falas.

Na sua resposta desde a mesa mais preocupada por deixar clara nossa posição frente ao público que responder ao já derrotado machista e troglodita Shimenny Wanderley com convicção e firmeza desenvolveu mais ainda seus argumentos iniciais sobre a necessidade de lutar por Abaixo Temer golpista!, a necessidade de uma nova constituinte entendida como uma saída de fundo para a crise como uma resposta política fruto das mobilizações de massas e como medida transicional para superar o sistema político e não para recompor, assim como a exigência de greve geral a CUT e a CTB.

Foi realizada um excelente análise de conjuntura desde uma visão ofensiva do marxismo e desde a perspectiva da luta de classes, a independência política da classe trabalhadora e onde claramente se realizou uma crítica ao golpe institucional e a política dos ex-governistas que abriram o caminho da direita e tentavam canalizar o justo ódio popular contra o golpe a uma saída institucional de recomposição do sistema político como são as diretas já!




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