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Como a crise do Coronavírus atingirá os trabalhadores das indústrias de veículos no Brasil

Adaptando suas rotinas, a indústria automobilística no Brasil se prepara para colocar em prática planos de paralisações visando formas de minimizar o impacto em seus lucros. Foto: Divulgação/Exame

terça-feira 17 de março de 2020 | Edição do dia

Nessa semana, as montadoras de veículos instaladas no Brasil começaram a mudar suas rotinas nas fábricas. Segundo dados recentes (fev.2020) da ANFAVEA, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, suas filiadas empregam aproximadamente 126 mil funcionários, número que pode vir a ser um complicador para lidar com a diminuição da proliferação do coronavírus. Mesmo diante do silêncio das grandes centrais sindicais, desde segunda (16), a GM já começou a implantar o sistema de home office (trabalho em casa) para alguns setores. Hoje (17), a Renault aderiu à medida. A Volkswagen o e grupo PSA Peugeot Citroëm se preparam para seguir o mesmo plano nos próximos dias. Outras montadoras como a Honda, Mercedes Benz, Volvo e Toyota ainda estão implantando somente ações insuficientes de ampliação da divulgação de informações sobre a doença e medidas que restringem a visitação em suas plantas e centros de formação.

Os mesmos trabalhadores que estão expostos ao risco, quando necessitarem de tratamento, vão encontrar uma situação desastrosa, com escassez de leitos e de estrutura geral de atendimento; ao contrário dos deputados, que terão acesso aos mais avançados recursos médicos existentes. É de conhecimento de todos que os políticos brasileiros integram uma parcela minúscula que tem acesso a uma vida completamente diferente da maioria esmagadora da população, cheia de privilégios e de muita riqueza, onde tudo o que necessitam é providenciado rapidamente e nos mínimos detalhes, custe o que custar em termos econômicos, em detrimento da saúde de milhões de trabalhadoras e trabalhadores, que são apenas peças substituíveis nas cadeias de produção. veja mais em.

Ao longo dos dias, estamos vendo ao redor do mundo trabalhadores impondo paralisações em fábricas, contrariando o ímpeto voraz dos grandes capitalistas por lucros, que recusam-se a colocar os trabalhadores em segurança. No Estado Espanhol, esta cifra deve aumentar já que há um o aumento expressivo dos setores de trabalhadores que devem impor o fechamento das empresas às suas patronais sem escrúpulos, que tratam de seguir ganhando dinheiro expondo os trabalhadores a diversos níveis de risco. veja mais em

Na Itália, acontece um forte rechaço às medidas impostas pelo governo, a do fechamento de lojas e negócios que não atendem as demandas dos trabalhadores dessas fábricas, pois com as atividades de produção em operação, um enorme número de pessoas seguem se expondo a riscos desnecessários para seguir produzindo. Em todo o país, há explosões de raiva e descontentamento entre os trabalhadores. Queixam-se da falta de atenção por parte dos empregadores e entram espontaneamente em greve, materializando os métodos da classe trabalhadora como forma de preservar suas vidas e lidar com a ganância dos patrões. veja mais em

A revolta dos trabalhadores italianos, que paralisam fábricas contra o descaso da patronal, mostra o caminho para enfrentar o autoritarismo estatal e a ganância dos capitalistas. Aqui no Brasil, as centrais sindicais, que deveriam se colocar ao lado das demandas dos trabalhadores, seguem sua tática de inércia e passividade no que se refere ao enfrentamento dessa crise sanitária mundial. Nossas vidas valem mais que os seus lucros!




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