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REFORMA DA PREVIDÊNCIA | Com seu dinheiro, Temer fará propaganda sobre os “benefícios” de atacar a sua aposentadoria

Governo prepara ofensiva midiática para confundir trabalhadores e tentar garantir aprovação da Reforma da Previdência.

terça-feira 18 de abril de 2017 | Edição do dia

O Planalto começará nos próximos dias uma nova série de inserções em intervalos comerciais de televisão e rádio sobre a Reforma da Previdência. O tom das propagandas, todavia, será distinto das que já foram veiculadas até agora. Até o momento, o governo focou em afirmar que para que as aposentadorias e pensões possam continuar sendo pagas, é preciso corrigir "privilégios" e "distorções" através da reforma. Agora, a tônica dos comerciais deve ser nos próprios "recuos" do governo.

Entre a apresentação da proposta original da reforma e o presente momento, tivemos o 15M. Uma jornada de paralisações e mobilizações que, embora controladas pelas burocracias sindicais, mostrou a disposição dos trabalhadores em resistir aos ataques. Poucos dias depois do 15M, Temer anunciou que a aposentadoria dos servidores públicos municipais e estaduais não seria alterada pela Reforma da Previdência, e que caberia aos governadores e prefeitos atacarem os regimes previdenciários específicos de cada lugar.

Um recuo, mas nem tanto. Apesar de postergar o ataque, fragmenta a resistência, que teria que se dar em cada lugar e categoria especificamente, em tempos distintos. Além disso, várias prefeituras e outros órgãos de administração pública direta e indireta utilizam a CLT, e não regimes estatutários próprios, o que os engloba dentro da reforma, diferentemente do que diz o governo golpista.

Agora, às vésperas da apresentação do relatório da Reforma da Previdência no Congresso, o governo sinaliza que várias "suavizações" teriam sido feitas na proposta. Porém, o espírito desse ataque segue o mesmo: aumentar a quantidade de anos de contribuição, aumentar a idade mínima para se aposentar, e dificultar ao máximo a aposentadoria integral (o que se torna ainda mais difícil com a aprovação da lei da terceirização, que aumenta a instabilidade dos empregos e dificulta que o trabalhador consiga contribuir de forma contínua).

E essa ofensiva de Temer para fazer a população trabalhadora acreditar que a Reforma da Previdência é necessária, e que todos os direitos serão mantidos depois desses "recuos", será paga com nosso dinheiro. Recursos do orçamento federal destinados à publicidade oficial do governo, cuja principal função, além de enganar os trabalhadores, é dar lucros para os meios de comunicação da burguesia (a maioria dos quais apoiou o golpe institucional), como Globo, Estadão e Folha de São Paulo.

É possível barrar a Reforma da Previdência e todos os ataques. Para isso, precisamos construir uma forte paralisação nacional no dia 28 de Abril. As centrais sindicais devem romper a trégua de mais de um mês que deram ao governo Temer e organizar assembleias de base, mobilizando as categorias para se construir um plano de lutas contra as reformas. O 15M mostrou que é possível fazer o governo golpista recuar. Agora, precisamos derrotar de vez essa e todas as reformas.




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