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BANCÁRIOS | Com proposta de arrocho salarial, os bancários podem ir à greve em 6 de outubro.

Após arrastar o calendário de negociações para esta sexta, dia 25, a FEBRABAN apresentou um insultante reajuste de 5,5% mais um abono de R$ 2.500,00.

sábado 26 de setembro de 2015 | 00:01

Após arrastar, com a conivência das direções sindicais da CUT e CTB, o calendário de negociações para esta sexta, dia 25, a FEBRABAN, representante do setor que já demitiu mais de 8 mil bancários em 2014, e só no primeiro semestre deste ano aumentou seu lucro em 27,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, apresentou 5,5% de reajuste mais um abono de R$ 2.500,00.

A proposta está sendo vista entre os bancários como um grande insulto: 5,5% é tentativa de arrocho e o abono, uma tentativa de calar a boca de milhares de bancários que já estão com a corda no pescoço em dívidas, isso sem sequer tocar em outras pautas essenciais à categoria como o fim das demissões e mais contratações.

Diante disso, as direções sindicais arrastam ainda mais o calendário empurrando para o dia 1º de outubro a convocação de uma assembleia da categoria, com indicativo de greve para o dia 6 de outubro. Esta manobra deixa claro o quanto as direções das principais centrais sindicais do país estão junto com o governo petista dos ajustes, e não com os trabalhadores. Adiar o calendário significa que essas direções querem evitar a todo custo que uma força poderosa possa emergir da unificação entre trabalhadores dos correios, petroleiros e bancários em suas lutas contra o arrocho salarial e os ajustes.

A força que a greve dos correios tem mostrado, na organização dos trabalhadores a partir de suas agências e centros de distribuição, colocando a greve na rua pra denunciar a terceirização e as ameaças de privatização, é um exemplo a ser tomado para não só combater frontalmente as direções burocráticas dos sindicatos que colocam seu peso para impedir que os trabalhadores unifiquem suas lutas mas também para combater o ceticismo dos trabalhadores que cansaram de ver ano após ano suas greves traídas por essas mesmas direções.

Uma unificação de fato dessas greves pode colocar a luta dos trabalhadores contra os ajustes em outro patamar e, com isso, ganharia o conjunto dos trabalhadores, abrindo um importante caminho para construirmos uma alternativa política e sindical dos trabalhadores.




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