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CRISE POLÍTICA | Com ou sem Temer, o objetivo de Meirelles é aprovar as reformas contra os trabalhadores

Flavia ValleProfessora, Minas Gerais

sexta-feira 19 de maio de 2017 | Edição do dia

O atual Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nessa quinta feira que acredita que o atual presidente Michel Temer deve seguir no governo. Porém, caso Michel Temer deixe o cargo, o ministro deixou seu nome a disposição para seguir comandando a equipe econômica.

Ele conversou com representantes de bancos e investidores para reforçar a sua disposição em implementar as reformas em meio à turbulências política que derrubou as bolsas de empresas nacionais e fez com que o pregão chegasse a ser interrompido. Durante o dia de ontem ele conversou com investidores nacionais e internacionais na tentativa de dar uma (parca) garantia para os empresários.

Intransigente defensor das reformas antipopulares, Henrique Meirelles participou dos governos Lula e Dilma e tem proximidade com monopólios de empresas nacionais como a JBS já tendo assumido o Conselho de Administração da J&F, holding que controla também o frigorífico JBS/Friboi.

Em meio à atual crise, antigos aliados de Temer posicionam-se por sua saída ou ficam no aguardo por sua queda. Às classes dominantes fica o anseio de escolher um caminho em que as reformas poderiam ser efetivadas. Por trás dessas alternativas estão os interesses dos grandes empresários e seus lucros ao redor da articulação para passar reformas trabalhista e da previdência, amplamente rechaçadas pela população pois rasgam a CLT e farão as pessoas trabalharem até morrer.

E nesse jogo de cartas marcadas entre corruptos e defensores dos interesses dos grandes capitalistas nacionais e estrangeiros, Meirelles movimenta suas cartas enquanto aparece como um dos nomes cotados para uma eventual substituição de Temer por via indireta como querem os golpistas.

Imagem: Pedro Ladeira/FolhaPress




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