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Carestia de vida | Com desemprego e inflação em alta, para 69% dos brasileiros, situação econômica do país piorou

Visão negativa da ampla maioria da população apontada pela pesquisa Datafolha, confirma os dados trágicos da economia, com desemprego elevado e a disparada dos preços.

segunda-feira 20 de setembro de 2021 | Edição do dia

A pesquisa Datafolha, realizada de 13 a 15 de setembro, mostrou que para a ampla maioria da população, 69% a situação econômica do país piorou, mostrando o fracasso da política econômica de Paulo Guedes e Bolsonaro.

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O resultado da pesquisa registra um dos piores desempenhos diante dessa pergunta. Em 2015, no governo Dilma Rousseff (PT), chegou a 82%. Em junho de 2018, no governo Michel Temer (MDB), a 72%.

Com os números de desemprego e inflação chegando a níveis recordes, enquanto a recuperação econômica segue patinando, esse resultado não poderia ser outro. Aprofundam-se os efeitos da carestia de vida para a população trabalhadora, que é mais sensível às consequências desastrosas das políticas neoliberais, sofrendo para arcar com a alta dos alimentos, da energia, do combustível.

Esse recorte de classe fica claro também no resultado da pesquisa: a avaliação da piora na economia cai conforme aumenta a renda do entrevistado. É de 70% na faixa até dois salários mínimos e de 62% naquela acima de dez mínimos, por exemplo.

Segundo o Datafolha, a situação econômica do país piorou para 74% das mulheres e 62% dos homens; para cerca de 70% das pessoas de 16 a 44 anos e de 65% dos entrevistados acima dessa faixa etária; 62% dos evangélicos e 71% dos católicos.

Mesmo entre apoiadores do governo, prevalece a opinião negativa. Para 31%, a economia melhorou, para 36%, piorou. Para 32%, ficou como estava.

O Datafolha também perguntou se, nos próximos meses, a situação econômica do país vai melhorar, piorar ou ficar como está.

Para 39%, vai piorar, percentual que era de 35% na pesquisa anterior, de julho de 2021, e havia alcançado o recorde de 65% no levantamento de março deste ano, quando a crise sanitária se agravou e não havia pagamento de auxílio emergencial.

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