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RUMO AO 29M | Com cortes de Bolsonaro, UFPEL e UFSM estão ameaçadas de fechamento

Com os cortes vindos do governo Bolsonaro as universidades federais estão correndo o risco de fechar suas portas. A situação não é diferente no RS, quatro das sete instituições federais já declararam que o momento é crítico.

quarta-feira 19 de maio de 2021 | Edição do dia

Foto: Charles Guerra

Após um ano de pandemia, a situação das universidades federais do Rio Grande do Sul é crítica. O corte de verbas vindo do Ministério da Educação (MEC) afeta diretamente o funcionamento das universidades. A situação é agravada pela pandemia que deixou muitos estudantes trabalhadores desempregados e precisando de auxílio federal através das bolsas de baixa renda. UFSM e UFPEL, assim como a UFRJ, só conseguirão se manter até setembro. Já UFRGS e FURG já anunciaram que não conseguem manter as universidades e pagar as despesas básicas se voltar o modelo presencial.

O governo de Bolsonaro e Mourão, junto do Congresso Nacional, destinou um orçamento 18,4% menor que os 10 anos anteriores, valor de R$ 4,5 bilhões dividido para as 69 instituições federais. Esses valores seriam para pagar as despesas mais básicas, mas de acordo com a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais (Andifes) não será suficiente.

As federais do RS estão com o seu funcionamento em risco. UFPel e UFSM diretamente disseram que só possuem orçamento até setembro. Enquanto as demais poderão se manter apenas se o ensino remoto for mantido, e mesmo assim afetará diretamente a manutenção da limpeza, projetos e laboratórios das instituições. Desde 2016 com a publicação da Lei da Emenda Constitucional 95 e da aprovação da PEC 55/2016 foi estabelecido um teto de gastos públicos com a duração de 20 anos que afetou de forma drástica as universidades. Chegamos ao ano de 2021 com o pior cenário possível para a educação.

Na UFPel, Em comparação com ano passado, o corte na Federal de Pelotas é de 20% e entre os últimos cinco anos, a perda é de 13%. Já a UFSM, comparada com 2020, perdeu escandalosos 20,5% e entre os últimos cinco anos, 30% (!). A Furg estabeleceu o prazo até outubro, além disso, não se sabe como pagará as despesas básicas. A situação da UFRGS é a mesma, há uma previsão de R$ 131, 2 milhões para pagar o salário dos trabalhadores terceirizados, água e luz, ou seja, o que mantém a Universidade, portanto se as aulas presenciais fossem retomadas na semana que vem o prazo de funcionamento é de um ano, após isso a universidades fecharia as portas.

Para defender as federais do RS e de todo país é preciso reverter, através da luta, esses cortes e ataques como as reformas e privatizações. Unificando estudantes e trabalhadores de dentro e de fora da universidade para batalhar em defesa dos trabalhadores terceirizados, das nossas universidades e do conjunto dos direitos da nossa classe. Contra Bolsonaro e militares, não podemos confiar no Congresso Nacional, pois foi ele que autorizou o Teto de Gastos e os cortes que vem se seguindo ao longo dos anos, só nossa luta é capaz de arrancar essas demandas urgentes. A União Nacional dos Estudantes (UNE) e as centrais sindicais precisam colocar toda a sua força para construir a luta desde as bases, com assembleias amplas e democráticas com direito a voz e voto em cada universidade e em cada curso. Além disso, as entidades precisam somar suas forças no ato que está sendo chamado para o dia 29 de maio como um dia nacional em defesa da educação. Só a aliança da juventude com a classe trabalhadora pode combater Bolsonaro, Mourão, os golpistas e seus ataques. Veja também.




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