sexta-feira 3 de fevereiro de 2017 | Edição do dia
Temer pretende consultar a presidente do STF sobre a indicação do novo ministro para o tribunal. Parece que diante das cutucadas de Carmem ao não convidá-lo para a abertura dos trabalhos no STF e nem mesmo querer sair na foto junto ao golpista no velório de Teori, o presidente quer agora tranquilizar os ânimos e melhorar a relação entre toga e casta política.
A ministra, que foi responsável pela homologação da deleção da Odebrecht e por levar adiante a Lava Jato, mesmo depois da instabilidade frente a morte de Teori na queda do avião em Paraty, se consolidou como força política na situação e Temer, num momento de relativa estabilidade frente a vitória com a eleição de Maia na Câmara parece apostar na conciliação para garantir o pacto que efetive a aprovação de todas as reformas para que os trabalhadores arquem o com o custo da crise.
Temer deve conversar com a ministra nesse fim de semana. As possibilidades para assumir a vaga no tribunal são de um nome do STJ (Superior Tribunal de Justiça), o que seguiria a hierarquia do Poder Judiciário, ou de uma mulher com atuação técnica na esfera jurídica.
Segundo a Folha de São Paulo, os nomes mais cotados são dos ministros Luis Felipe Salomão, João Otávio Noronha e Isabel Galotti, do STJ ou da procuradora Flávia Piovesan. O anúncio deve ser feito na semana que vem.
A grande mídia trata, curiosa ou descaradamente, como escolha, o que seria supostamente sorteio, a entrada de Fachin para relatoria da Lava Jato. O ‘escolhido’ da Globo promete celeridade e transparência e os analistas insistem no discurso da continuidade e imparcialidade na sequencia da investigação em suas mãos. Temer, que não é nada ingênuo e se preocupa com sua estabilidade no marco do poço de impopularidade, achou que foi a ‘melhor’ escolha, a que menos gera burburinhos para o governo.
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