De acordo com o jornal Estado de São Paulo, o filho do peemedibista é dono de pelo menos dois imóveis no Itaim Bibi, em São Paulo, que abriga o escritório político de Temer, na qual os valores somados superam dois milhões.
Guilherme de Almeida SoaresSão Paulo
segunda-feira 30 de maio de 2016 | Edição do dia
Com 196 metros quadrado, cada conjunto tem um valor de 1.024.802 cada. Na declaração de bens que Michel Temer apresentou à Justiça Eleitoral em 2014, cada conjunto é avaliado em apenas 190 mil cada. Em 2014, o peemedebista declarou uma residência de 415 metros quadrados no alto dos Pinheiros, comprada em 1998, por R$ 722.977.41, mas na prefeitura o valor do imóvel é de R$ 2.875.109.
De acordo com o site Terra, o presidente golpista afirmou que a transferência foi feita como doação, uma espécie de herança antecipada. Mas vendo os valores dos imóveis de Temer, poderíamos muito bem questionar se a "herança" antecipada ao Michelzinho não passa de uma forma que o golpista utiliza para poder esconder a sua verdadeira fortuna. Obviamente que isso não terá nenhuma investigação por parte da justiça burguesa sobre esta questão.
Todo caso, a herança do filho de Michel gera inúmeras reflexões. A fortuna que o golpista do Temer possui é fruto do seu carreirismo político, uma das conseqüências por ele ser um político das sombras e dos bastidores conforme denunciamos aqui, mas também é o mesmo que faz propaganda de que não deveríamos pensar na crise econômica e sim trabalhar, que em outras palavras pode muito bem significar que os trabalhadores tem que pagar pela crise econômica. Enquanto os trabalhadores pagam pela crise que os ricos geraram, Michel e Michelzinho acumulam milhões.
Quem tem que pagar pela crise econômica capitalista são os golpistas, que possuem super salários e inúmeros privilégios que os trabalhadores e demais setores populares não possuem. A crise tem que ser paga também pela FIESP, que faz discurso de que os empresários estão sem dinheiro, mas distribuem marmita gourmet na paulista e patos de borracha em Brasília.
O governo golpista de Temer tem afrontado os trabalhadores desde o seu primeiro dia. É uma afronta porque anunciou ataques e cortes profundos contra os trabalhadores e demais setores populares da sociedade, não falando em nenhum momento que vai mexer na fortuna dos ricos e dos políticos burgueses. É uma afronta também porque tem um ministério conservador e corrupto, onde pessoas como o estuprador confesso Alexandre Frota tem livre passagem.
Contra esta afronta é preciso por abaixo este governo golpista, porém a queda deste governo ilegítimo não pode significar a volta Dilma. Neste sentido é preciso lutar por uma assembleia constituinte livre e soberana imposta pela força da mobilização, uma assembleia onde os trabalhadores podem questionar o salário e os privilégios dos políticos burgueses.
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