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Manifestações | "Com a direita, atos foram menores. Queremos unidade da nossa classe!", diz Maíra Machado

Maíra Machado, professora da rede estadual de SP e dirigente do MRT, faz declaração ao Esquerda Diário em prol da unidade, sobre as manifestações do último sábado, 2 de Outubro, que ocorreram em todo o país.

segunda-feira 4 de outubro de 2021 | Edição do dia

“No último sábado, dia 2 de Outubro, ocorreram por todo o país manifestações contra Bolsonaro. Milhares ocuparam as ruas, mas, ao contrário do que prometeram as direções defensoras da unidade com a direita, a presença desta não aumentou os atos. Especialmente em São Paulo, 14 partidos burgueses confirmaram presença e, entre o PSDB, DEM, MDB, Solidariedade, Cidadania, Rede e Novo, estava ninguém menos que o asqueroso do PSL. Para satisfazer os interesses da direita liberal, reprodução do Hino Nacional, e o uso das cores verde amarela, que são características das manifestações bolsonaristas, foram feitas pelas direções das manifestações.

As direções burocráticas ligadas ao PT, PCdoB, como a CUT, a CTB, a UNE, tentam iludir a classe trabalhadora e a juventude de que a Frente Ampla com a direita vai ampliar a luta contra Bolsonaro. Mas elas mentem, porque está provado que, com a direita, os atos foram menores. A intenção das direções está ligada com o interesse por trás do PT de não derrubar Bolsonaro agora, mas sim de desgastá-lo até 2022, enquanto Lula firma suas alianças com os setores da direita, debatendo com o MDB no Nordeste e com o PSD no Rio de Janeiro.

Nós queremos unidade da nossa classe, não com esses setores que nos atacam. Por isso, colocamos a necessidade das organizações e ativistas que se colocam à esquerda do PT, como PSOL e PSTU, de conformar Blocos Classistas nessas manifestações e não fazer a política do PT de se aliar com a direita. Agora, precisamos exigir das direções que tenham assembleias em cada local de trabalho e estudo, para construir um plano de lutas nacional contra Bolsonaro, Mourão, os ataques, o desemprego e a fome.

E acreditamos também que só uma saída anticapitalista pode dar fim a essa crise, para que os capitalistas paguem por ela. Basta de salários de fome que o governo de Bolsonaro e Mourão, junto com o Congresso, impõe pra gente com o salário mínimo que não cobre nem a inflação. É necessário reajuste salarial mensal igual à inflação, assim como empregos com direitos para todos. Porque enquanto a crise é descarregada nas nossas costas, os grandes empresários, bilionários nacionais e internacionais, o agronegócio, continuam lucrando.

Ou seja, precisamos nos unir contra os capitalistas. E é nesse sentido também que o MRT é favorável à construção do Polo Socialista e Revolucionário que propõe PSTU e ativistas, debatendo as diferenças políticas que existem".

Veja também: Basta de desemprego e salários de fome! Que os grandes empresários paguem pela crise!




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