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CIRO GOMES | Ciro Gomes ameaça: "Ninguém no meu governo vai fechar estrada"

terça-feira 4 de setembro de 2018 | Edição do dia

Em sabatina promovida pelo UOL, Folha e SBT desta segunda-feira, o presidenciável Ciro Gomes disse que, se eleito, não vai tolerar fechamento de estradas e rodovias de grevistas em manifestação. Veja aqui.

Ao ser questionado como reagiria aos bloqueios de estradas pelos caminhoneiros, Ciro afirmou que "com autoridade": "Quem transgredir a lei, vai preso, não tem conversa. Não sou dessa esquerdinha boboca, não, que fica alisando bandido".

As manifestações de caminhoneiros que aconteceram em maio deste ano deixaram claro o seu caráter patronal. Dirigidos pela Abcam (Associação Brasileira de Caminhoneiros), os patrões incitaram seus trabalhadores a paralisar para conquista de redução dos impostos sobre o diesel e os fretes. Como denunciamos no Esquerda Diário, estas reivindicações patronais que pediam também por mais Intervenção Militar deram o tom das exigências que duraram vários dias.

Mas o que impediria Ciro Gomes de atuar desta forma não apenas nos bloqueios de estradas e rodovias por parte da patronal caminhoneira mas sim em toda e qualquer manifestação política de trabalhadores que se enfrentasse com os governos?

Naturalmente a direita golpista, como Alckmin e Marina Silva, e a extrema direita encabeçada por Bolsonaro, são os mais odientos inimigos da classe trabalhadora. Estão preparados para seguir aplicando os ajustes de Temer, como a reforma trabalhista e da previdência, o desmantelamento das leis trabalhista com a terceirização irrestrita, o ataque às mulheres trabalhadoras. A demagogia do PT, que governou com a direita golpista durante 13 anos, e está aliada com ela em vários Estados mesmo hoje, mostra que não são alternativa nenhuma.

Mas essas afirmações de Ciro deixam incerta a sua postura em relação às manifestações de trabalhadores. Ainda com sua candidata a vice Kátia Abreu, conhecida como a "motoserra de ouro" e rainha das políticas de perseguição de indígenas em função dos latifundiários e do agronegócio, a candidatura de Ciro deixa nebulosa a atitude que ele tomaria frente às lutas que surgirão no pós-eleições contra os efeitos da crise econômica, dos baixos salários e do desemprego esmagador que atravessam o país. Vemos que "Impedir o bloqueio de estradas" — um dos métodos mais importantes das greves operárias para afetar a produção e os lucros capitalistas — estão na mira do presidenciável do PDT.




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