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DESCASO COM OS POVOS ORIGINÁRIOS | Cidade no Acre, sem testes e nem medicamentos, tem 90% dos indígenas infectados

O Vice-Prefeito diz faltam assistência, profissionais, testes rápidos e medicamentos em aldeias de Santa Rosa do Purus. MPF e DSEI dizem acompanhar a situação.

segunda-feira 22 de junho de 2020 | Edição do dia

Imagem: G1/ Arquivo Pessoal

Vice-prefeito de Santa Rosa do Purus, Nego Kaxinawá, voltou a gravar um vídeo fazendo um apelo com relação à saúde indígena no interior do Acre. Segundo ele, cerca de 90% da população indígena das 46 aldeias da região apresentam sintomas da Covid-19. quase 100% dos índios que vivem na cidade também estariam infectados pelo novo coronavírus

O município, de pouco mais de 6,5 mil habitantes, é um dos quatro isolados do estado e tem 127 casos de Covid-19 confirmados, segundo boletim deste sábado (20), divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre). Ele disse que o município tem 3.540 indígenas aldeados e 680 indígenas. Entre as principais queixas são falta de testes rápidos e medicamentos.

Se vemos já ao redor do país inteiro a falta de leitos, de EPIs nos hospitais, de respiradores e dos testes, com altíssima subnotificação no país inteiro, fica visível que o descaso com os povos indígenas é ainda maior, ainda mais quando falamos desse Governo Bolsonaro, que desde as eleições marca seu ódio pelos povos indígenas, falando contra demarcação de terras, incentivando conflitos e cumprindo um papel nefasto. Também o Governador Gladson Cameli (PP) que se diz crítico ao governo não garante condições de tratamento a essas populações.

O primeiro primeiro caso de Covid-19 entre indígena na cidade foi de um jovem de 25 anos da etnia Kaxinawá. Santa Rosa do Purus aparece em segundo lugar com taxa de 194,2 casos para cada 10 mil habitantes. A maior incidência da doença é registrada em Cruzeiro do Sul, com taxa de 210,6 para cada 10 mil habitantes.

ele disse que o município tem 3.540 indígenas aldeados e 680 indígenas que vivem na cidade. Entre as principais queixas do gestor está a falta de testes rápidos e medicamentos para o tratamento dos indígenas.

“Precisamos de estrutura, tendo em vista que nosso município é de difícil acesso. Os resgates demoram de 8 a 9 horas. Os responsáveis pela saúde dos povos indígenas devem ter a consciência do fato grave que está ocorrendo em Santa Rosa. Vistam a camisa, salvem os indígenas, mostrem a capacidade profissional e técnica que vocês têm para administrar entidade que trabalha com povos indígenas”, disse Kaxinawá.

Com informações do G1




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