Distintos setores da classe trabalhadora têm saído às ruas em distintas cidades do país, organizados em seus sindicatos e locais de trabalho.
segunda-feira 21 de outubro de 2019 | Edição do dia
Hoje, segunda-feira, dia 21 de outubro, centenas de milhares se manifestaram nas ruas no calor do chamado à greve geral da União Portuária. À jornada de protestos estão se somando mais de 20 portos em todo o país, em solidariedade às reivindicações que estão sendo levadas em todo o território nacional, contra a militarização das ruas e para defender uma assembleia constituinte dos trabalhadores e do povo.
Assim como os mineiros de Escondida, em Antofagasta, que votaram em assembleia o apoio ao chamado de greve geral dos portuários, chamando mineiros e mineiras a paralisar toda a mineração do Chile junto a outros setores produtivos até que retirem as forças militares e opressoras das ruas.
Os trabalhadores da Mina Escondida também se manifestaram em sua associação.
Da mesma forma os mineiros de Centinella mostraram seu descontentamento.
Los faeneros descontentos.
Mina CENTINELA. Antofagasta minerals. pic.twitter.com/RBkl1g9UC8— patrick somer (@somer_patrick) October 20, 2019
Por sua vez, as e os trabalhadores da Federação Nacional de Trabalhadores da Saúde discutiram paralisar por 24h em rechaço ao estado de exceção, o toque de recolher e a brutal repressão desatada nas ruas nos últimos dias. Também para continuar lutando pela recuperação da saúde pública, que mantém milhares de pessoas sem acesso a medicamentos, infraestrutura e tratamentos adequados.
Do mesmo modo, o Colégio de Professores comunitário de Antofagasta e o Sindicato de Professores e profissionais da educação, junto a trabalhadores da indústria, comércio e estudantes, votaram em assembleia aberta aderir ao chamado da greve geral dos portuários, sendo a exigência mínima a retirada dos militares das ruas e que acabe o estado de exceção, conformando um comitê de emergência e resguardo, com quatro comissões de trabalho: jurídica e direitos humanos, comunicações, de articulação com outros setores e saúde e assistência.
O Sindicato interempresa de trabalhadoras e trabalhadores da cultura, asseio e outros do Centro Cultural Gabriela Mistral (GAM), realizou assembleia aberta com trabalhadores dos correios, trabalhadores de outros centros culturais, familiares de trabalhadores do GAM, estudantes e organizações políticas como Convergencia Social e o Partido dos Trabalhadores Revolucionários, organizações ambientais, entre outros, discutindo a necessidade de coordenação dos trabalhadores e estudantes que estão nas ruas para organizar a greve geral até que Piñera caia, que os militares saiam das ruas e para avançar para impor uma assembleia constituinte livre e soberana, para dar respostas aos problemas da maioria da população, como saúde, educação, aposentadoria, habitação, entre outros.
Finalmente, na cidade de Temuco centenas de estudantes e trabalhadores de distintos setores realizam uma assembleia aberta na faculdade de medicina da universidade de Frontera. Se fazem presentes Agrupação Nacional de Empregados/as Fiscais do Chile, Junta Nacional de Jardins Infantis, Sindicato Unimarc, Central Unitaria de Trabajadores, Cugat, centros acadêmicos, federações e organizações secundaristas e universitárias, povo mapuche, entre outros setores, com o objetivo de organizar o protesto social para tirar os militares das ruas.