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AUMENTO DO TRANSPORTE | Chamado à juventude: organizar a luta contra o aumento da passagem de SP

É preciso que o PT e o PCdoB rompam com sua paralisia e organizem a juventude pelas entidades estudantis que dirigem (UNE e UBES), em unidade com os professores, servidores públicos e as demais categorias de trabalhadores, contra o aumento da passagem e os cortes das frotas de ônibus.

Faísca Revolucionária@faiscarevolucionaria

segunda-feira 7 de janeiro de 2019 | Edição do dia

Dando continuidade ao seu governo anterior, João Dória e seu aliado Bruno Covas acabam de anunciar mais um aumento nas tarifas do transporte público. A já cara passagem de R$ 4 vai agora para R$ 4,30. Um aumento de 7,5%, o dobro da inflação, que fechou 2018 em 3,7%. A integração entre o ônibus e os trens também aumentou para R$7,48.

O desemprego no País já soma mais de 10%, e isso se aprofunda ainda mais entre a juventude, as mulheres e os negros. No primeiro dia de mandato, Bolsonaro decretou a diminuição do salário mínimo de R$ 1006,00 aprovado pelo congresso, para R$ 998,00. Comparado a inflação, esse salário mal dá para os trabalhadores e a juventude se sustentarem.

Esse ataque atinge diretamente a população pobre, que precisa dos transportes públicos para se locomoverem. No começo do mandato de João Doria na prefeitura, ele já havia restringido o passe livre para estudantes (uma vitória conquistada nas jornadas de junho de 2013), limitando o direito à ida e volta dos locais de estudo e fazendo com que ainda menos jovens tivessem esse acesso ao passe-livre. Agora, fica ainda mais caro para os estudantes que pagam meia passagem ou para aqueles que precisam tirar parte da condução do seu próprio bolso para completar sua jornada.

Além do aumento do rombo nos bolsos dos trabalhadores e da juventude, o aumento anual da tarifa não tem sido revertido em melhorias para o transporte. A qualidade dos serviços está cada vez mais precária com aumento dia a dia da superlotação, falhas em trens do Metrô e CPTM, quadro reduzido de funcionários para prestar um serviço de qualidade de fato, retirada dos cobradores de ônibus, diminuição das frotas oferecidas e cada vez mais dos enriquecendo empresários amigos do governo.

A justificativa dada, por exemplo, pela prefeitura de Covas é de que o aumento é necessário "para a adequação da receita para reduzir o desequilíbrio do sistema". Com isso justificaram a votação do SAMPAPREV, reforma da previdência dos professores e servidores municipais de São Paulo aprovada um dia após o Natal, mas quando se trata de aumentar seus salários, não titubeiam em aumentar os gastos do Estado. Da mesma forma seguem comprometendo grande parte do orçamento para pagar religiosamente a dívida pública, uma dívida que não é nossa e serve apenas para enriquecer o bolso de banqueiros e empresários. Neste dia 10/01 está sendo chamado o primeiro ato contra o aumento da tarifa no Teatro Municipal de São Paulo. O governo do Bolsonaro veio para aprofundar e descarregar a crise nas costas dos trabalhadores e tem como aliado Doria e Covas em São Paulo, e diferente do que as centrais sindicais fizeram ao assinar uma carta em respeito ao Bolsonaro, nós precisamos nos organizar para barrar todos esses ataques. O PT e o PCdoB, que estão à frente das entidades estudantis, a nível nacional estão preparando na direção dos sindicatos uma enorme traição, permitindo que a reforma da previdência passe sem luta. É preciso superar as travas dessa burocracia também na luta do transporte, onde a juventude pode dar enormes exemplos ao se organizar em seus locais de estudo, pela base e democraticamente.

Para isso, nossas entidades estudantis (UNE e UBES) precisam parar com essa paralisia e organizar os milhares estudantes nas diversas escolas e universidades que dirigem, se aliando com os professores, servidores públicos e as demais categorias de trabalhadores para construir fortemente esse ato e outras formas de mobilização para barrar esse ataque. O PSOL fará toda a diferença se colocar toda a projeção que conseguiram para pressionar essas direções para que de fato mobilizem os estudantes, dando exemplos em cada entidade e centros acadêmicos onde estão.

Nós da faísca, chamamos toda a juventude, os estudantes e trabalhadores para lutarem contra o aumento da tarifa e os ataques de Bolsonaro, Doria e Covas, pela estatização de todos os transportes, sob gestão dos trabalhadores e controle dos usuários, para combater as máfias do transporte e garantir qualidade do serviço, de acordo com as necessidades reais da população.




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