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RIO DE JANEIRO | Censura: Código de Ética do Crivella proíbe críticas de servidores à gestão municipal

quinta-feira 10 de dezembro de 2020 | Edição do dia

Mesmo derrotado, Crivella segue atacando os trabalhadores do Rio através da prefeitura. Desta vez, sancionou a lei da da mordaça dos servidores públicos municipais com o novo Código de Ética do Agente Público do Poder Executivo do Município.

O projeto sancionado vem para substituir as normas anteriores, instituídas em 1994 por Cesar Maia. No autoritário código do Crivella, está proibido criticar a sua gestão e a de qualquer prefeito que entrar. No capítulo 3, o código proíbe o Servidor de:

"opinar publicamente sobre atos da Administração Pública, de modo depreciativo, em informação, parecer ou despacho, às autoridades administrativas, à imprensa ou a qualquer outro meio de divulgação pública, inclusive mídias sociais"

Em uma cidade que é exemplo nacional de ruindade de seus políticos (daqui vieram os piores, incluindo Bolsonaro), um código deste tipo vem para impor o autoritarismo junto à incompetência e a corrupção dos governantes.

Este código é totalmente anti-trabalhador, pois de acordo com ele, as greves dos Garis de 2013 em diante, as greves dos trabalhadores das saúde - que neste exato momento estão sem receber - contra as demissões em massa e o atraso nos pagamentos, ou as greves dos professores contra os ataques à educação, todas estas greves estariam rompendo com a ética do Servidor, pois evidentemente são greves que demonstram quão negativas foram as gestões de Crivella e Eduardo Paes para a classe trabalhadora carioca.

Também é para encobertar a corrupção, pois com se esse código de ética estivesse vigente anteriormente, os servidores teriam que se abster de perguntar sobre, afinal de contas, aonde estaria a tal da Márcia com que quem seria preciso falar para agendar cirurgias de catarata. Ou perguntar acerca dos tomógrafos da Universal. Ou ainda, na gestão Paes, aonde afinal de contas estão as vigas da Perimetral, e em afinal de contas, quem foi o engenheiro que aprovou estas obras que caem logo que foram construídas, colocando a população em risco e gerando mortes como o caso da Ciclovia Tim Maia?




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