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CONTINUIDADE DO GOLPE | Cármen Lúcia decidiu não pautar pedido da defesa de Lula

A presidente do STF divulgou a pauta para agosto para o que não consta o recurso da defesa de Lula. O Ministro Alexandre de Moraes seguiu a mesma linha de continuidade do golpe, há poucos minutos tomou decisão relâmpago de negar um pedido da defesa de Lula.

sexta-feira 29 de junho de 2018 | Edição do dia

Daniel Ferreira/Metrópoles

O Supremo Tribunal Federal (STF) divulgou, hoje, sexta-feira, dia 29 de junho, seu calendário para o mês de agosto, quando voltam do recesso que ocorrerá em julho. A presidente ministra Cármen Lúcia, por escolha própria, decidiu deixar fora da pauta o pedido de liberdade feito pela defesa do ex-presidente Lula.

Ontem, Fachin, o relator Operação Lava Jato no STF nesta quinta-feira (28), determinou liberar para julgamento o recurso do ex-presidente para, possivelmente, suspender os efeitos de sua condenação. Hoje o recurso foi a sorteio no plenário eletrônico, e o ministro Alexandre de Moraes será quem analisará o caso. Cármen Lúcia, entretanto, arquivou o caso, e não pretende coloca-lo para votação tão cedo.

O Ministro Alexandre de Moraes tomou uma decisão relâmpago agora pela noite que avaliza o que Fachin já havia colocado e Cármen Lúcia também ao postergar em por o caso em plenário. Ele negou o pedido da defesa e Lula seguirá preso. Disse julgar "improcedente" o pedido da defesa.

Como num jogo de xadrez as movimentações do STF e do "partido judiciário" não podem ser analisados a partir do ministros por eles mesmos, mas sempre em função de que papel cumprem para a continuidade do golpe. Esse é o papel que vem cumprindo com a prisão arbitrária de Lula, sendo hoje mais um capítulo dessa história, que hoje está marcada por uma profunda divisão entre os ministros.

Enquanto nega colocar o pedido da defesa de Lula em votação, Cármen Lúcia disse hoje mais cedo que nega que seus pares ministros tomem “decisões partidárias”. Isso está longe de ser verdade para esse ator que se coloca como um arbítrio supremo da política nacional e decisão após decisão faz com que o golpe se concretize. O Ministro Fux se manifestou essa semana uma ameaça para as eleições de 2018, alegando "possibilidade de anulação do pleito, se o resultado das eleições forem fruto dessas notícias falsas", afirmou Fux em um evento organizado pela Associação Brasileira de Rádio e Televisão, evento que contou com o amigo de golpismo, Michel Temer.

Em um momento aonde o judiciário se alçou como o juiz da política nacional é preciso denunciar seus ataques, que avalizam a continuidade do golpe. É preciso também denunciar a absoluta inação por parte do PT, que confia até o final na sua tática eleitoral e vem boicotando qualquer possibilidade que os trabalhadores se organizem para derrotar os ataques nas ruas.




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