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ERROS NO ENEM | Cara de pau: Weintraub põe culpa em "militantes" e fake news para justificar erros no Enem

No Senado Weintraub não recuou em sua cara de pau e não só manteve o discurso de "melhor Enem de todos os tempos", como responsabilizou "militantes" e fake news por exagerar as falhas.

terça-feira 11 de fevereiro de 2020 | Edição do dia

O ministro Abraham Weintraub foi convidado pela Comissão de Educação do Senado para explicar os erros do Enem 2019. Cinicamente o ministro minimizou as falhas na correção e o problemas de acesso ao Sisu. O MEC (Ministério da Educação) foi procurado por 172 mil candidatos e 5 mil foram atingidos com os erros.

— Antes de abrir o Sisu, isso já estava corrigido. Estatisticamente, o impacto na nota de corte não é significativo, é zero. disse o Ministro

Weintraub reafirmou que os estudantes levaram apenas "um susto" decorrente da falha na correção e que "absolutamente todas as provas foram rechecadas".

O Ministro classificou em três grupos os candidatos que procuraram o MEC para reclamar de problemas no Enem. O 1° formado por "militante, que se fazia passar por um aluno, entrava colocando terror na rede, e a gente descartava"; O 2° "pessoas que não estavam entendendo o processo, e nós orientamos"; O 3° e último de "alunos que foram mal, mas disseram que a culpa era do Weintraub. Os pais nos procuraram, nós checamos as provas e vimos que haviam tirado a nota mesmo".

— Não dá para afirmar que sim, nem que não, mas eu diria que esse tipo de coisa pode ter acontecido no passado. Disse Weintraub, a fim de tentar justificar os erros e livrar o governo da culpa.

De acordo com Weintraub as falhas no Sisu, devem ser atribuídas ao grande volume de pessoas entrando no sistema ao mesmo tempo.

— Das quatro milhões de pessoas que fizeram o Enem, quantas querem acessar o Sisu no primeiro dia, na primeira hora? Todas. Então, num primeiro momento, o sistema vai sendo sobrecarregado, existe uma lentidão. Para fazer os ajustes na nuvem da Microsoft, o sistema precisou sair do ar, experimentamos três períodos de interrupção no primeiro dia. No segundo dia, houve uma interrupção pela manhã e, a partir da tarde, o sistema operou normalmente.

É de extrema importância que os estudantes, ao lado dos trabalhadores, lutem não somente em defesa da universidade, mas também pelo fim do filtro social que é o vestibular e pela não privatização do ensino superior público e de qualidade garantindo assim que todos os jovens e trabalhadores possam ingressar nas universidades públicas.




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