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AUMENTO DAS TARIFAS - MACAPÁ | Caminhos da luta em defesa do transporte público em Macapá

No último dia 10 ocorreu em Macapá mais uma manifestação contra o aumento das tarifas de ônibus na cidade. O ato, organizado pelo movimento social unificado, contou com a participação de muitos usuários do transporte público.

quinta-feira 17 de setembro de 2015 | 00:39

No último dia 10 ocorreu em Macapá mais uma manifestação contra o aumento das tarifas de ônibus na cidade. O ato, organizado pelo movimento social unificado, contou com a participação de muitos usuários do transporte público. No dia houve uma sessão na Câmara Municipal de Macapá, na qual os manifestantes fizeram falas e entoaram palavras de ordem deixando clara a sua insatisfação com o aumento abusivo da tarifa.

Todos os parlamentares que estavam presentes se mostraram contra o aumento da tarifa em suas falas, mas claramente com uma tendência a autopromoção. Porém o movimento demonstrou sua força e durante a fala de vários representantes das categorias e entidades presentes foi cobrando uma ação efetiva dos deputados.

Depois de mais de duas horas de sessão, ficou a promessa dos parlamentares de uma cadeira ao movimento social unificado dentro do Conselho Municipal de Transporte, algo que só poderia acontecer no fim do mês de setembro, uma proposta que demonstra que os deputados pouco se importam com o decorrer de vinte dias que os trabalhadores e os estudantes ficarão sem resposta alguma e continuarão a ter que pagar uma tarifa que teve um aumento absurdo do dia pra noite.

Situação atual do transporte público em Macapá

Hoje Macapá conta com um dos transportes mais precários dentre as capitais do país, com ônibus em situação precária e frota reduzida, fazendo com que o tempo de espera por cada coletivo, principalmente aos finais de semana e feriados, seja absurdo. A cidade nunca contou com um plano de mobilidade urbana, há muitas ruas esburacadas e as linhas de ônibus que existem atualmente não atendem a demanda da população. Visto a situação na qual se encontra o transporte público da cidade, as reivindicações levantadas pelo movimento são: pela redução imediata da tarifa; aumento e renovação da frota de ônibus (veículos com acessibilidade); novas linhas; auditoria completa das contas; audiência pública para debater o sistema de transporte; plano de mobilidade urbana prometido pela prefeitura; retirada imediata do controle do SETAP sobre a bilhetagem; e municipalização do sistema de transporte público com controle da prefeitura, trabalhadores e cidadãos.

Lutas contra o aumento no país. Qual o caminho para a juventude e os trabalhadores?

As Jornadas de Junho em 2013 foram um exemplo a partir do qual a juventude àquela época impulsionou as maiores manifestações já vistas em anos e que abriu o caminho para que a classe trabalhadora desde então se colocasse em cena através de diversas greves.

Nesse sentido, com as lições de 2013, é essencial aprofundar o diálogo com a população e demonstrar que a prefeitura de Clécio (PSOL), o poder judiciário e o SETAP estão todos contra nós, vide o “acordão” da prefeitura com o SETAP. Exatamente por isso, lutar somente pela municipalização sob controle da prefeitura com os trabalhadores e cidadãos não é o suficiente. Quem realmente é capaz de gerir o transporte e sabe das necessidades do povo são os próprios trabalhadores do transporte e a população. Por isso precisamos lutar pela estatização dos transportes, mas sob controle operário e popular. É necessário dialogar com os macapaenses nesse sentido, pois não podemos confiar numa prefeitura que reprime greve de professores e faz acordos com sindicatos patronais.

Não só em Macapá, mas em todo o país, a precariedade do transporte público submete toda a população a condições de humilhação todos os dias na ida ao trabalho, à universidade, à escola ou na volta para casa. As Jornadas de Junho nos ensinaram o caminho e demonstraram que ir às ruas faz a diferença para defender nossos direitos. Portanto, precisamos nos organizar em torno de uma forte mobilização com um programa que responda diretamente aos ataques vindos dos governos.




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