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Cai o número de trabalhadoras domésticas com carteira assinada no Brasil

Mesmo após quase três anos da aprovação da obrigatoriedade do registro em carteira das empregadas domésticas, continua crescendo o número de trabalhadores domésticos sem carteira assinada.

terça-feira 31 de julho de 2018 | Edição do dia

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados nesta terça-feira, 31, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o mercado de trabalho continua deteriorando-se, com cada vez mais os empregos precarizados se tornando a regra geral.

Segundo os dados da pesquisa, 31 mil trabalhadores domésticos com carteira assinada foram demitidos enquanto 158 mil passaram a trabalhar sem carteira assinada, mostrando bem com em tempos de crise os patrões sempre descontam no salário do peão.

O IBGE divulgou também, pela primeira vez, o salario médio dos trabalhadores divididos entre os que possuem carteira assinada e os que estão na informalidade. No caso fos trabalhadores domésticos a diferença é grotesca, de 1.212 com carteira assinada para 730 sem carteira assinada, pouco mais meio salario mínimo e muito menos que que o necessário para sustentar uma família.

Essa diferença se expressa em todos os setores, inclusive no setor público, que amplia cada vez mais a contratação de temporários precarizados, como os professores categoria O em Sao Paulo e os agentes de pesquisa do IBGE. Nesses casos, o salário médio dos trabalhadores com carteira assinada é de R$3.659 enquanto dos trabalhadores sem carteira assinada é de R$1812, menos da metade do salário dos efetivos.

Pesquisas como essa mostram como mentiam aqueles que defendiam a reforma trabalhista e diziam que a terceirização, a precarização e desregulamentação das jornadas de trabalho geraria mais empregos e não diminuiria nem salários nem direitos, pois a realidade vem mostrando o extremo oposto.




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