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Arrocho salarial | CUT e CTB: organizem a luta contra o arrocho salarial de Bolsonaro e pela revogação das reformas

Ítalo GimenesMestre em Ciências Sociais e militante da Faísca na UFRN

segunda-feira 24 de outubro de 2022 | Edição do dia

O bolsonarismo deu uma demonstração do seu asqueroso reacionarismo com os tiros de Roberto Jefferson (PTB) a agentes da PF durante um mandado de prisão. Repudiamos o atentado golpista, que é parte desse regime degradado pelos militares junto ao STF, fruto do golpe institucional que abriu espaço para essa extrema-direita.

Frente ao segundo turno, Bolsonaro buscou se afastar desse ataque, pois teme desgastar as suas tentativas de ganhar apoio de setores da grande burguesia. Vem fazendo isso anunciando ataques duríssimos contra os trabalhadores e o conjunto da população. Paulo Guedes, apesar de negar, anunciou que se Bolsonaro vencer o segundo turno, irá propor uma PEC que veta o reajuste do salário mínimo e benefícios previdenciários conforme os índices da inflação. Na prática significa arrochar os salários e aposentadorias, já corroídos pelo seu governo, e agravar ainda mais a situação de fome e miséria da população, para manter o teto de gastos e destinar mais recursos para banqueiros.

Essa medida absurda, assim como proposta de Carteira de Trabalho Verde Amarela, a Reforma Administrativa de Arthur Lira (PP), mostram que quando falam em liberdade, significa liberdade para os empresários lucrarem ainda mais em cima da retirada de direitos dos trabalhadores, além da precarização ainda maior dos servidores, como professores e a enfermagem.

Não podemos aceitar que essas ameaças aos trabalhadores sigam sem resposta. O bolsonarismo vai seguir mesmo com Bolsonaro sendo derrotado nas eleições, elegendo sua base reacionária no Congresso, que vai se apoiar na sua base social de extrema-direita para impor essas medidas. É necessário que as centrais sindicais CUT e CTB, dirigidas pelo PT e PCdoB, organizem a luta contra esses ataques! E para isso, devem romper a sua paralisia a serviço dos acordos da chapa Lula-Alckmin com a direita e os grandes empresários, que passam pela garantia que um futuro governo seu não vai revogar as reformas aprovadas por Temer e Bolsonaro. Basta de confiar na conciliação com a direita ao invés da luta dos trabalhadores organizada para combater a extrema-direita!

Lutar contra o arrocho salarial e a precarização do trabalho, significa organizar nossa classe para exigir a revogação da reforma trabalhista, da previdência. E em resposta, impor a redução de jornada sem redução de salário, para gerar emprego e renda para a população, para lutar pela distribuição das horas de trabalho entre empregados e desempregados, atacando os lucros capitalistas!




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