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CENSURA: Justiça do Rio ordena retirada do ar de especial de Natal do Porta dos Fundos

quarta-feira 8 de janeiro de 2020 | Edição do dia

Por determinação do desembargador Benedicto Abicair, da 6ª Câmara Cível, a produtora Porta dos Fundos e a Netflix terão de retirar do ar o “Especial de Natal Porta dos Fundos: A Primeira Tentação de Cristo”, divulgado na plataforma de streaming desde o final de dezembro. A decisão vem de encontro a um pedido feito pela Associação Centro Dom Bosco de Fé e Cultura. Em primeira instância, o pedido havia sido negado.

A justiça brasileira mais uma vez demonstra todo o seu reacionarismo ao acatar o pedido de censura por parte da comunidade cristão. Os argumentos do desembargador de que é: "a mais adequado e benéfico, não só para a comunidade cristã, mas para a sociedade brasileira, majoritariamente cristã, até que se julgue o mérito do Agravo, recorrer-se à cautela, para acalmar ânimos". revela todo o conservadorismo da justiça, comprometida até o final com a defesa dos valores cristãos, de costas para a defesa dos direitos das minorias e para o princípio de laicidade do estado.

A decisão da segunda instância fluminense lembra o caso dacensura dos quadrinhos LGBTS também no Rio de Janeiro promovida em primeiro lugar por Crivella, mas apoiada pela justiça reacionária fluminense.

Enquanto o poder judiciário finge defender as minorias no país, através da decisão da criminalização da homofobia, na prática, vemos com os sujeitos a cargo de decidir o que é homofobia ou não, ou que é censura ou não, estão comprometidos até o final com os valores de nossa sociedade machista, racista, elitista e homofóbica.

Não é de se surpreender tais decisões vindo do mesmo judiciário que patrocinou o golpe e manipulou as eleições para que Bolsonaro saísse vitorioso. Não podemos ter nenhuma ilusão no judiciário é necessário fortalecer um programa contra os privilégios e os desmandos dessa casta, que imponha que todo juiz seja eleito pelo voto popular e se cargo revogável, que recebam o mesmo salário de que um trabalhador médio e os casos de corrupção sejam julgados por júri popular.




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