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LUTA SECUNDARISTA | CARTA AOS SECUNDARISTAS

A Juventude ÀS RUAS elaborou essa carta aos estudantes e escolas de luta

segunda-feira 30 de novembro de 2015 | 06:18

O áudio que vazou na internet da reunião que o governo organizou neste domingo com 40 diretores de ensino, comprovou o que sabíamos, que Alckmin está com um “plano de guerra” para “desmoralizar” e “desqualificar” as ocupações. Anunciaram que vão organizar operações de desocupação a partir desta segunda com a ajuda da polícia e da juventude do PSDB. Tentarão jogar a opinião pública contra vocês e mobilizarão os pais, alunos e professores contrários. Vão fingir que dialogam mas vão publicar o decreto da reorganização já na terça-feira.

Vocês, estudantes secundaristas, já mostraram para o governo que nenhum ataque passará sem uma grande batalha e que podem barrar a reorganização e avançar na luta em defesa da educação pública. Foram dois meses com atos quase diários e as ocupações já somam mais de 200. Precisamos agora mostrar novamente que frente a essa “guerra”, vamos cantar de novo que “O Estado veio quente, nóis já tá fervendo” e intensificar nossas ações para vencer.

Mais do que nunca, é fundamental fortalecer o papel do Comando das Escolas Ocupadas, para que organize e coordene a luta a cada dia, não deixando que a UMES, UPES e UBES falem em nome do movimento, pois já deixaram claro que querem trair a luta. É preciso fortalecer os espaços de democracia de base, as assembleias de cada escola, e tirar delas reflexões a serem debatidas entre todas as escolas em luta. A partir delas, escolher representantes que estabeleçam o diálogo entre as escolas e possa voltar pra cada ocupação com uma visão mais geral do movimento. Assim, nenhum boato do governo ou da mídia ganhará peso: porque pra cada mentira dita por eles, os estudantes mostrarão o que de fato está acontecendo. Um organismo desse tipo teria força para convocar toda a sociedade para essa luta, com atos de milhares pelas ruas, aproveitando as forças e apoio que os secundaristas despertaram na sociedade, podendo ser capaz de grandes ações unificadas.

Com um organismo desse tipo, teremos força para resistir às manobras do governo, barrar o fechamento das escolas e avançar por mais. Teríamos força para avançar para uma luta em defesa da educação pública e de qualidade em todos os níveis, com acesso direto (sem vestibular) à universidade pública. Dessa forma a luta ganha força para partir de barrar os cortes de bilhões de Alckmin e Dilma na educação e garantir investimento suficiente para a reforma e abertura de novas escolas, a diminuição do número de alunos por salas, contratação de mais professores efetivos e melhoria salarial. Tudo isso como parte da luta por um outro projeto de educação, onde as escolas possam ser auto-gestionadas por estudantes, professores e pais, onde o currículo seja debatido com a comunidade, onde se acabe com as escolas e universidades privadas e se garanta o acesso direto do ensino médio para a universidade pública, assim como existe em diversos outros países.

A Juventude ÀS RUAS! e o Esquerda Diário se dispõem a ajudar em tudo o que estiver em nosso alcance.




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