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GRUPO DE ESTUDOS NA UNB | Brasília: CINE Cultura & Marxismo debaterá limites e legados da revolução cubana

Em sua próxima reunião, o grupo de estudos CINE Cultura & Marxismo debaterá quais os limites e legados da revolução cubana. Posterior à visualização de trechos do documentário "Cuba and the cameraman", o debate versará sobre o castrismo, stalinismo e como defender o legado revolucionário de Cuba sem reivindicar a burocratização do regime e sua consequente restauração.

segunda-feira 12 de agosto de 2019 | Edição do dia

"(...) a crítica histórica do castrismo constitui um ponto nodal para fundamentar uma defesa da Revolução Cubana, que ponha em primeiro plano uma perspectiva anticapitalista, de oposição à burocracia privilegiada e às políticas restauracionistas, pela liberdade dos partidos defensores das conquistas revolucionárias de 1959 e pelo governo dos conselhos de operários, camponeses e soldados. Uma crítica dessa natureza gera o rechaço aberto dos defensores da burocracia, que concebem que a revolução deve reger um pensamento único e que deve-se idolatrar as lideranças sem gerar nenhum tipo de fissuras. É uma postura calcada em quem antes de 1989 sustentava que criticar os regimes stalinistas do chamado “socialismo real” era fazer o jogo da contrarrevolução. Assim, encobriam os monstruosos crimes dos dirigentes burocráticos contra seus povos, sem impedir que esses mesmos dirigentes estimulassem a restauração dando origem a uma nova oligarquia capitalista. Dessa forma, ao invés de defender a revolução, o que fazem é afogar todo debate democrático e limitar o papel das massas à obediência cega aos dirigentes. Se liquida a iniciativa independente de trabalhadores e camponeses, que vem em risco suas conquistas por um imperialismo que ameaça ser mais agressivo e uma burocracia que estimula políticas restauradoras de relações capitalistas."

Em meio à recepção de estudantes ingressantes, o grupo de estudos CINE Cultura & Marxismo se reunirá mais uma vez, agora pautando a realidade política de Cuba, um tema em que é fundamental que se lance um olhar crítico. Inspirados no trecho acima, extraído do artigo "Sobre o castrismo e a revolução cubana", publicado no La Izquierda Diario na ocasião da morte de Castro.

Após visualização de trechos do documentário "Cuba and the cameraman", de Jon Alpert, haverá uma roda de conversa mediada pela mestranda em Comunicação Letícia Parks, militante da Faísca e do Pão e Rosas.

Algumas perguntas chave servem para orientar a discussão:

Quais os rumos de Cuba dentro do quadro de uma crise econômica internacional?
Quais as características concretas desse processo revolucionário, iniciado em 1959 e que pôs fim à ditadura de Fulgêncio Batista?
É possível chamar de socialista um país onde reina o racismo e a opressão de gênero contra mulheres e LGBTs?
Para defender o legado revolucionário de Cuba é preciso também defender os traços burocráticos e atrasados de seu regime?

Para participar do grupo, basta comparecer à sessão, que será no dia 16/08, às 18h, na Faculdade de Comunicação.

Para participar do grupo e conhecer a Faísca e o Pão e Rosas em Brasília, basta entrar em contato com o WhatsApp: (61) 982687278




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