Privatizações, concessões, parcerias-público-privadas e outras formas de entregar aos empresários e ao imperialismo as empresas estatais, federais e estaduais como a Eletrobrás e a Codemig, além de serviços públicos como educação e saúde, somam 238 projetos da união, estados e capitais.
MaréProfessora designada na rede estadual de MG
terça-feira 30 de janeiro de 2018 | Edição do dia
Segundo levantamento do site G1, de todos os projetos, os estaduais são maioria. Os governadores procuram a venda das empresas e serviços públicos que eles mesmos, junto a Temer e até aos antigos governos petistas de Lula e Dilma, sucatearam, para tentar salvar os Estados da crise aguda que atinge principalmente Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Temer também já anunciou o pacote de privatizações para 2018, com 75 projetos, sem contar os grandes avanços já realizados no que se trata da privatização da Petrobrás, como pode ser visto aqui.
Na mira está, em primeiro lugar, a Eletrobrás, com um projeto de lei para a desestatização da estatal federal. Para as estaduais Banrisul(RS), Codemig (MG) e Potigás(RN) também há projetos em andamento. As prefeituras de oito capitais apelaram para os negócios.
Dória, o privatista, quer vender o Anhembie o Pacaembu, mas a lista é vasta. Até parques de conservação e verdadeiros museus a céu aberto, principalmente em MG, estão na fila para serem entregues aos imperialistas: o patrimônio da ciência mineiro Rota Lund quase inteiro está em fase de estudos, com o Parque Estadual do Sumidouro, o Monumento Natural Estadual Gruta Rei do Mato e o Monumento Natural Estadual Peter Lund.
No ranking de serviços está, nos primeiros lugares, projetos para a privatização de portos, aeroportose serviços públicos, respectivamente. Ou seja, para salvar os capitalistas da crise, Temer, os golpistas e até o PT (que começou a abrir espaço para esses processos no governo federal e continua, na imagem de Pimentel em MG que está investindo em privatização da educação com a construção de escolas privadas como pode ser visto aqui e aqui) querem o Brasil ainda mais nas mãos do imperialismo, em condições quase coloniais, dependente do lucro de empresários magnatas.
Essa situação de venda das empresas públicas através de leilões e licitações com cartas marcadas aos amigos empresários dos políticos exige uma luta séria e imediata, que se ligue à luta contra as reformas e pelos direitos democráticos (como direito ao voto), que até agora não tem sido travada pelas centrais sindicais. Os capitalistas devem pagar pela crise, não o funcionalismo público e os trabalhadores. Apenas a luta dos trabalhadores, aliados a juventude e ao conjunto dos oprimidos poderá reverter, impedir novas privatizações e a venda dos recursos naturais e empresas nacionais ao imperialismo, colocando-as sob controle dos trabalhadores e efetivamente a serviço da população.
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