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Bolsonaro reafirma que mulheres continuarão morrendo por aborto clandestino em seu governo

Jair Bolsonaro, candidato a presidência pelo Partido Social Liberal (PSL), visitou nesta quarta-feira a Arquidiocese do Rio de Janeiro e reafirmou o seu discurso conservador ao posicionar-se contra a legalização do aborto e das drogas.

quarta-feira 17 de outubro de 2018 | Edição do dia

Em encontro com Dom Orani Tempesta, cardeal arcebispo do Rio de Janeiro, Bolsonaro reafirmou seu discurso conservador ao se posicionar contra a legalização do aborto e das drogas; Assumimos o compromisso em defesa da família, em defesa da inocência da criança, em defesa da liberdade das religiões, contrários ao aborto, contrários à legalização das drogas;Ou seja, o compromisso que está no coração de todo brasileiro de bem; disse Jair Bolsonaro.

No Brasil 1.300 mulheres morrem todos os anos em decorrência de abordos clandestinos. Dessas mortes, a cada quatro, três são mulheres negras. Jair Bolsonaro já expressou em outros momentos que vetaria qualquer proposta que flexibilizasse o aborto caso fosse eleito como presidente do país. Mesmo este sendo um direito elementar e uma luta histórica das mulheres. Cabe aqui resgatar a recente maré verde na Argentina quando centenas de milhares de mulheres tomaram as ruas pelo direito ao aborto legal, seguro e gratuito.

Nessas eleições manipuladas pelo judiciário os direitos das mulheres foi abordado de maneira demagógica ou escancaradamente de forma misógina e machista. As declarações polêmicas de Bolsonaro, tais como, “ela não merece (ser estuprada) em referência a deputada Maria do Rosário (PT – RS), o fato de ter dado uma “fraquejada” quando nasceu sua última filha (única filha mulher) e a afirmação de que as mulheres recebem menos pois engravidam são apenas algumas das muitas expressões de seu escandaloso caráter machista e reacionário.

Bolsonaro se diz “a favor da vida”, mas é na verdade a favor da exploração e opressão das mulheres como maneira de garantir mais lucro para os empresários e mais violência e submissão para o nosso cotidiano. Cabe lembrar que o mesmo votou a favor das reformas que afetam de maneira ainda mais cabal a vida as mulheres, tais como, a reforma trabalhista e a PEC da terceirização. É necessário que nos organizemos em comitês de base nos nossos locais de trabalho e estudo para enfrentar o avanço da extrema direita e seu programa de ódio contra os setores oprimidos e de exploração da classe trabalhadora.

Foto: Fabio Motta/Estadão




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