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CORONAVÍRUS | Bolsonaro faz piada doentia com mortos por covid-19: "Tem que haver contaminação total!"

segunda-feira 13 de abril de 2020 | Edição do dia

Foto: Adriano Machado/Reuters

No sábado (11), Bolsonaro encontrou com Ronaldo Caiado (DEM), governador de Goiás aliado de longa data que recentemente entrou em choque com o negacionismo de Bolsonaro, que veio relativizando as mortes pelo coronavírus defendendo os interesses da patronal em lucrar e manter tudo aberto. O fato ocorreu durante a inauguração do Hospital de campanha de Águas Lindas, em Goiás.

Mostrando que continuam velhos amigos que se unem acima das divergências para atacar os trabalhadores e transformar a vida destes em miséria social, Bolsonaro aproveitou a ocasião para soltar mais uma de suas piadas canalhas. Bolsonaro faz humor com os mais de 1200 mortos até então pela covid-19, ao abraçar Caiado e dizer "Tem que haver contaminação total!". Confira no vídeo, publicado pelo site Poder 360:

A piada hedionda mostra o que, no fundo, Bolsonaro de fato pensa quando está longe dos holofotes e de seus seguidores (que vêm se colocando em constante risco por acreditar nas barbaridades afirmadas pelo seu ’mito’). Um pessoa cruel abjeta e sem coração, sem respeito pelas vítimas, como aliás nunca teve respeito contra qualquer setor oprimido e explorado da sociedade. Todos já sabíamos disso, mas Bolsonaro faz questão de lembrar à cada dia.

Cercado por papagaios e bajuladores em sua caravana da morte, Bolsonaro provavelmente não sabia que estava sendo gravado. Na grande mídia, saiu apenas que Caiado teria feito ele usar álcool em gel. Mas a verdade é os poderes de fato, sejam eles situação ou oposição burguesa da Globo e de Rodrigo Maia, estão colaborando em manter ainda Bolsonaro "pendurado".

O resultado de tudo isso é uma política catastrófica, em que não há investimentos sérios em equipamentos de saúde, e sequer há quarentena séria com a campanha de Bolsonaro pelo direito dos trabalhadores morrerem no chão da fábrica enquanto seus patrões lucram fazendo quarentena em suas mansões.

Bolsonaro faz piada com os milhares de mortos, e, no fundo, na verdade torce pela contaminação total. Para ele, não importa que trabalhadores morram pela pandemia. O importante é mostrar para os capitalistas que estão por trás de seu governo, que estes podem confiar no seu "capitão" como guia para a exploração do trabalho assalariado faça sol ou faça chuva, com ou sem pandemia, mas com certeza, sem direitos e sem remuneração digna.

Só mesmo apostando na organização da classe trabalhadora é possível ver uma saída para a pandemia que não represente uma pilha de dezenas ou milhares de corpos de trabalhadores e do povo pobre. Urge que os trabalhadores avancem, assumindo o controle da produção. Não devemos confiar em Witzel e Doria, pois estes usam os trabalhadores como moeda de troca, não preparam testes massivos e não investem em equipamentos para combater a pandemia e, além disso, permitem que os capitalistas sigam oprimindo os trabalhadores obrigando-os a furar a quarentena sob a ameaça do desemprego. É preciso, ao contrário, uma lei que proíba demissões e a garantia de uma renda mínima de R$ 2 mil reais para informais, desempregados e todos que estiverem em condições de necessidade.

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