Segundo estudo da Universidade de Harvard, Brasil tem o maior custo de vida durante a crise do novo coronavírus entre outro 17 países
terça-feira 22 de setembro de 2020 | Edição do dia
Foto: Eduardo Matysiak
Estudo do economista Alberto Cavallo mostrou que o Brasil é o país que mais aumentou o custo de vida devido às mudanças de hábitos causadas pela crise sanitária da Covid-19, comparando os índices de inflação oficiais e o relacionado a crise pandêmica.
Em 12 meses, o Brasil registrou uma diferença de 0,88 ponto porcentual entre o indicador oficial de inflação, o IPCA, e o índice de inflação relacionada à pandemia, chamado de “inflação da covid”. Em segundo lugar com maior taxa vem o Estados Unidos e Uruguai com 0,82 ponto percentual.
Esse índice que foi registrado em maio pode ser explicado pela a alta nos preços de alimentos, com 9% anuais em maio, e queda no custo de transporte, que foi de 2,5%, segundo Cavallo.
Mesmo com taxas similares entre 12 dos 18 países estudados, a taxa da inflação no Brasil na pandemia tem sido maior e mais persistente, mantendo um índice 0,88 ponto percentual até julho.
De acordo com Cavallo, os novos hábitos causaram mudanças significativas em diferentes grupos de bens e serviços na cesta de consumo, no Brasil, estima-se que o aumento no peso da alimentação em casa pode ter passado 14,8% para 23,9%, enquanto a transporte caiu de 19,8% para 8,5%.
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