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BOLSONARO | Bolsonaro é a continuidade violenta das reformas de Temer

Bolsonaro é apoiado por toda a elite brasileira, pelos patrões que estão loucos para reduzir nossos salários e direitos para que tenham ainda mais lucros. Não é à toa que, entre seus apoiadores, estão grandes milionários como o homem mais rico do Brasil, que é presidente da Ambev. Os patrões unidos a Bolsonaro querem que os trabalhadores negros e nordestinos “comam capim”.

segunda-feira 15 de outubro de 2018 | Edição do dia

Hoje são 28 milhões de desempregados no Brasil. Temer aplicou a reforma trabalhista, com o voto de Bolsonaro, contra a vontade de todos os trabalhadores e congelou investimentos na saúde e na educação. Para garantir os lucros do patrão, aprovou a terceirização irrestrita e quis impor a Reforma da Previdência. Agora ele e os patrões contam com Bolsonaro para poder ir até o final com seus planos de ataque. Em vez de reduzir nossos salários e direitos (como tirar nosso 13º!), nosso salário tem que aumentar de acordo com o aumento do custo de vida. Para que todos tenham emprego, é necessário cortar do bolso do patrão, reduzir a jornada de trabalho, sem reduzir os salários, aumentando assim os postos de trabalho.
No Jornal Nacional, Bolsonaro disse que “os trabalhadores precisam escolher entre ter direitos ou ter emprego”. Ele admite que irá aprofundar a reforma trabalhista, uma política que quer escravizar a gente!

Bolsonaro é apoiado por toda a elite brasileira, pelos patrões que estão loucos para reduzir nossos salários e direitos para que tenham ainda mais lucros. Não é à toa que, entre seus apoiadores, estão grandes milionários como o homem mais rico do Brasil, que é presidente da Ambev. Os patrões unidos a Bolsonaro querem que os trabalhadores negros e nordestinos “comam capim”.

Os patrões querem aumentar a jornada de trabalho, cortar direitos, privatizar as empresas estatais e aumentar ainda mais a diferença salarial entre trabalhadores negros e brancos, homens e mulheres. O vice de Bolsonaro, General Hamilton Mourão, já declarou duas vezes que o 13º salário e o abono de férias são um peso para os empresários, dando a entender que pretende acabar com esses direitos.
Bolsonaro é um defensor da ditadura, da tortura, dos militares que usaram suas armas contra os trabalhadores, ele quer que a gente engula os ataques calados, já disse que acabará com todo tipo de protesto que existe no Brasil, ou seja, reprimirá greves e mobilizações. Defensores de Bolsonaro rasgaram a placa em homenagem a Marielle Franco, militante da esquerda assassinada por denunciar a intervenção federal no Rio de Janeiro e os assassinatos de jovens e trabalhadores feitos pela polícia nas favelas. No fim do primeiro turno, Mestre Moa do Katende, capoeirista da Bahia e militante negro, foi assassinado por um eleitor de Bolsonaro. Não pode ser que em nome de defender os ataques capitalistas, a população negra e LGBT seja atacada em seus direitos democráticos elementares.

Estas eleições são totalmente manipuladas pelo judiciário e pela mídia, tuteladas pelas forças armadas que impediram a candidatura de Lula com sua prisão arbitrária. Esses setores se aliaram à Bolsonaro, fazendo com que ele subisse nas pesquisas quando perceberam que não conseguiriam eleger Alckmin. Somos contra a prisão arbitrária de Lula e acompanhamos os trabalhadores que querem impedir o governo de Bolsonaro, por isso votamos criticamente em Haddad. Mas não damos nenhum apoio político ao PT, que iniciou os ataques contra os trabalhadores, governou com grandes capitalistas, assimilou as práticas de corrupção típicas desse sistema político em decadência e quer enfrentar a direita somente no voto e não na luta.

Os sindicatos precisam sair da paralisia e fazer assembleias nas fábricas, construindo comitês de base, para que a gente possa organizar manifestações, atrasos e paralisações para enfrentar Bolsonaro, o golpismo e suas reformas. A CUT, dirigida pelo PT de Haddad, a CTB, dirigida pelo PCdoB de Manuela D’Ávila, a Força Sindical e todas as centrais que dizem que estão contra Bolsonaro precisam se mexer para podermos construir uma paralisação nacional. Se unirmos nossas forças na ação através desses comitês de base, podemos enfrentar Bolsonaro e os empresários com um programa que exija o não pagamento da dívida pública, a revogação da reforma trabalhista e da terceirização geral, a efetivação de todos os terceirizados, salário mínimo do DIEESE (R$ 3674) igual para negros e brancos, homens e mulheres.




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