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GOVERNO BOLSONARO | Bolsonaro defende o cancelamento de contrato do MEC (Ministério da Educação) com a TV Escola

Anúncio foi dado hoje, em entrevista que ainda chamou Paulo Freire de "energúmeno".

segunda-feira 16 de dezembro de 2019 | Edição do dia

Hoje (16), o presidente afirmou ao sair do Palácio da Alvorada que não renovaria o contrato de 350 milhões com a Acerp (Associação de comunicação educativa Roquette Pinto, associação que é responsável pela TV Escola, assim como pela Cinemateca e pela TV Ines, canal voltado para surdos) para 2020. Como justificativa para a não renovação disse também que "investir no canal é jogar dinheiro fora porque ninguém o assiste" e que a programação é "totalmente de esquerda" e "deseduca" o público. Também afirmou, ao criticar o que detecta ser a predominância de esquerdistas na Educação, que o educador Paulo Freire é um "energúmeno".

A TV Escola é um canal de televisão aberta que existe a mais de vinte anos e que tem um conteúdo educativo, voltado para a formação de professores e alunos, tendo em sua grade programas como ´´Sala de professor`` e ´´hora do Enem``.

Ao contrário do que Bolsonaro afirma, o contrato do MEC com a Acerp foi de 73 milhões este ano, sendo que o ministério atrasou o repasse para a associação.

O desmantelamento da TV Escola como existia até este ano já vinha sendo planejado há algum tempo, em outubro um ofício pedia a desocupação do 9° andar do prédio do MEC em Brasília, local onde ficava a TV Escola, no momento justificado pela necessidade de uma reforma no espaço. A associação recorreu na Justiça, em 29 de novembro, à um prazo maior, mas foi derrubada na quinta-feira (12). Na manhã desta sexta-feira (13) havia um caminhão de mudanças na frente do prédio para levar os equipamentos para um depósito em Brasília.

Na semana passada o canal passou a exibir o documentário ´´Brasil: a última cruzada``, produzido pelo think tank de extrema direita ´´Brasil Paralelo``, que afirma contar a verdadeira história do Brasil. O documentário conta com a participação de Olavo de Carvalho, guru da família Bolsonaro e endeusado pelo filho Eduardo, e do deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP, ex partido do presidente). Mesmo com está mudança na programação a TV Escola não conseguiu o apoio de Bolsonaro nem de Weintraub.




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