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CORONAVÍUS | Bolsonaro decreta Igrejas como “essenciais” querendo garantir lucro de pastores à custa de vidas

Por pressão das igrejas evangélicas, Bolsonaro inclui atividades religiosas na lista de atividades essenciais para população.

quinta-feira 26 de março de 2020 | Edição do dia

Em decreto publicado hoje no Diário Oficial, Bolsonaro acrescenta várias atividades como essenciais, ou seja, que não podem ser interrompidas durante a pandemia do coronavírus, tais como: lotéricas, geração e transmissão de energia e as atividades religiosas.

Em entrevista concedida ao Programa do Ratinho (SBT) na última sexta-feira, 20, Bolsonaro já havia se colocado contra a medida de alguns estados e municípios de declarar quarentena também às igrejas para conter o vírus, considerando-as o último refúgio do povo. Também apontou que a decisão sobre a quantidade de pessoas que frequentam as igrejas deveria ser tomada exclusivamente pelo líder religioso – padre ou pastor – pois eles quem deveriam avaliar possíveis aglomerações.

Segundo informações do G1, na Coréia do Sul, a Igreja Shincheonji, na cidade de Daegu, foi a responsável pela disseminação de 30 casos dos 53 novos casos do coronavírus.

Bolsonaro faz isso por pressão das igrejas evangélicas, que negam a ciência e não se preocupam com a vida dos fiéis. Espalham que a pandemia é uma mentira e que as pessoas estão seguras nas igrejas. Tudo isso, para continuar enchendo os bolsos com o dízimo dos fiéis, em sua maioria trabalhadores e trabalhadoras negras e pobres.

Nesse momento de enorme crise, os templos religiosos deveriam estar sendo readequados para a instalação de leitos para cuidar dos doentes. É um absurdo que em meio a pandemia que estamos vivendo, as igrejas continuem recebendo isenções fiscais e os bispos e pastores continuem engordando suas contas bancárias. Essa isenção deveria ser revogada e as fortunas dos pastores deveria ser taxada para que esse dinheiro fosse aplicado no SUS para conter a doença. Além disso, os enormes templos religiosos deveriam ser transformados em instalações de emergência para combater o coronavírus.

Não podemos aceitar o descaso e a irresponsabilidade desses que dizem falar em nome de Deus. A vida dos trabalhadores e da população é mais importante que os lucros deles.




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