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Rio de Janeiro | Bolsonaro celebra a segunda chacina mais letal do Rio de Janeiro, com 24 mortes

Em pronunciamento nas redes sociais, o presidente cinicamente parabenizou os policiais pela operação que culminou na morte de 24 pessoas, defendendo a atuação da polícia perante as críticas que vem surgindo a partir desse acontecimento.

quarta-feira 25 de maio de 2022 | Edição do dia

IMAGEM: Marcos Corrêa/PR

Após o que foi uma das operações policiais mais letais da história da região metropolitana do Rio de Janeiro, o reacionário presidente Jair Bolsonaro (PL) celebrou cinicamente a chacina ocorrida nesta terça-feira (24), cuja totalidade de mortes foi de 24 pessoas, na Vila Cruzeiro, na zona norte da capital, sendo já a segunda grande chacina promovida pelo governo do Rio de Janeiro de Cláudio Castro (PL).

"Parabéns aos guerreiros do Bope e da Polícia Militar do Rio de Janeiro, que neutralizaram pelo menos 20 marginais ligados ao narcotráfico em confronto, após serem atacados a tiros durante operação contra líderes de facção criminosa", foi afirmado em pronunciamento nas redes sociais do presidente.

O presidente detalhou aspectos da operação, como o fato de como estava sendo planejada há meses e que inclusive, entre os mortos, há suspeitos de envolvimento no assassinato de 13 agentes de segurança pública deste ano, criticando especialistas em segurança pública que relataram os erros cometidos nesse processo, dado que para o presidente há a omissão do perfil dos mortos, como se a partir disso se justificasse tal massacre.

A operação está sendo investigada pelos Ministérios Públicos federal e do estado do Rio de Janeiro, no marco das denúncias acerca de violações de direitos durante a operação que contou com a atuação não só da polícia militar, mas de outros setores como a Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, porém, é necessária uma investigação independente para fazer justiça, dado que o próprio Estado é responsável por essa situação.

Enquanto o racismo estrutural se aprofunda neste regime a partir de ocasiões como esta, como toda a precarização da vida que atinge a sociedade e sobretudo os setores oprimidos, sequer o direito de existência é garantido, dado essas ações que vêm se aprofundando nos últimos anos. Algo que também se fortalece a partir das posições repugnantes do presidente e dos demais setores reacionários que conduzem as demais instituições deste regime de conjunto.

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