Apesar do golpista Michel Temer ter manifestado a interlocutores o desejo de participar da cerimônia que conclama o início das atividades do Supremo Tribunal Federal, a presidente da casa não o convidou. Cármen Lúcia decidiu na tarde desta quarta-feira (1) fazer uma solenidade ao ex-ministro Teori Zavaski – morto em acidente aéreo no último dia 19 – apenas com membros da Corte.
quarta-feira 1º de fevereiro de 2017 | Edição do dia
Apesar de fazer questão de estar entre os membros do Judiciário, Temer não participará da cerimônia, todavia, não é de se espantar que o convite não tenha sido feito ao chefe do Executivo. A própria presidente do STF acabara de homologar as 77 delações – a contra gosto do Palácio do Planalto – de executivos e ex-executivos da Odebrecht, tornando-as assim oficiais. Em boa parte destas delações o nome de Michel Temer aparece citado, então, não parece contraditório que ele não vá a Casa daqueles que o acusam. Apesar de praxe os presidentes não serem convidados a este tipo de cerimônia, Carmén Lúcia tenta reforçar uma imagem independente do Judiciário frente ao Executivo.
Entretanto, o que está por trás de convites não feitos e cerimoniais de abertura dos trabalhos judiciais é uma segunda etapa da estratégia política do Judiciário reacionário e da Lava Jato do juiz Sérgio Moro em proteger políticos tucanos a fim de que estes possam lançar candidatura nas eleições de 2018. Após terem atacado primeiro o PT, fazem uma força tarefa para atacar o bloco golpista de Temer, ao mesmo tempo que blindam Aécio Neves e Geraldo Alckmin citados em delações anteriores.
Em suma, está é uma saída a crise política que está sendo encabeçada pelo PSDB com ajuda imprescindível do Judiciário e da operação Lava-Jato.
Com informações da Agencia Estado
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