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REABERTURA DAS ESCOLAS | BH: trabalhadoras da educação votam pela continuidade da greve sanitária contra Kalil

Em assembleia virtual, professoras e professores da educação infantil da rede municipal de BH votaram nesta quinta-feira (30) a continuação da greve sanitária contra a imposição de Alexandre Kalil (PSD) pelo retorno inseguro às aulas presenciais

sexta-feira 30 de abril de 2021 | Edição do dia

Nesta quinta-feira (30), dois dias após Kalil dizer que a greve das professoras de BH era esdrúxula e egoísta, ocorreu a assembleia das e dos trabalhadores concursados da educação infantil de BH. Desde o Esquerda Diário e o grupo de mulheres Pão e Rosas estivemos presentes prestando nossa solidariedade a essa importante greve, oferecendo o nosso portal para as denúncias dos trabalhadores, dando voz a essa luta contra as mentiras espalhadas pela mídia e políticos burgueses.

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74% dos trabalhadores presentes votaram pela continuidade da greve sanitária, que consiste em seguir trabalhando de forma remota, se negando a aderir ao trabalho presencial, com o objetivo de salvar as vidas trabalhadoras contra os efeitos do descontrole da contaminação por Covid na cidade.

No chat da assembleia, os trabalhadores concursados mostraram seu apoio e solidariedade aos trabalhadores terceirizados que definiram paralisação no dia 03/05, mostrando sua preocupação com o fato dos grupos de riscos não terem sido liberados do trabalho presencial no setor terceirizado. Mostraram um impulso de unidade e preocupação com os setores mais precarizados das escolas, que têm menos meios para conseguir manter a greve e são mais ameaçados pelas demissões.

Os professores denunciaram a retaliação de diversas diretorias das escolas que estão retirando os professores dos grupos virtuais, impedindo-os de comunicarem a comunidade escolar e de permanecerem tendo o direito ao acesso às turmas e às reuniões virtuais. O mesmo Kalil que demagogicamente tenta no discurso se colocar como um opositor ao negacionismo de Bolsonaro, hoje quer expor as trabalhadoras da educação infantil, uma categoria majoritariamente feminina que hoje em sua luta está defendendo a vacinação para todos.

Veja também: Trabalhadores da educação em greve contra retorno inseguro de Kalil fazem carta à comunidade

As trabalhadoras da educação municipal de BH são uma categoria de tradição de luta em defesa da educação e contra os abusos das prefeituras que sempre procuram descarregar nas costas das mulheres e dos negros trabalhadores os custos das crises capitalistas. Mesmo antes da pandemia se enfrentaram com Kalil e com a repressão da PM de Pimentel (PT). Em BH, são essas mulheres trabalhadoras que apontam o caminho para uma saída contra a crise que nos assola: a organização e a mobilização dos trabalhadores.

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