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POLÍCIA RACISTA | Avó de Guilherme, assassinado pela polícia: "Não se vê meninos morrendo no Morumbi"

Guilherme jovem de 15 foi sequestrado e encontrado morto, na zona sul de São Paulo no dia 14 de junho. Seus assassinos, o aparelho repressivo do Estado mais escancaradamente racista, a polícia. O que significa o ódio de Vera?

quarta-feira 24 de junho de 2020 | Edição do dia

A fala misturada de saudade do seu neto e de ódio pelo acontecimento : "Você não vê reportagem de menino que morre no Morumbi, em Moema. Não escuta na TV: ’mataram um menor no Morumbi, ou em Moema’. Não se escuta algo assim." Isso demonstra a clareza que existe um caráter social e racial dos alvos que são decretados a morte a cada operações policiais. O mesmo sentimento é o da mãe (Rosilene Alves) da Maria Eduarda, que foi assassinada pela polícia dentro da escola:

"Uma vida não tem preço. Maria Eduarda não tem preço. Mas o Estado tem que pagar. A minha filha estava dentro de uma escola e eles mataram o sonho da Maria Eduarda. Eles foram imprudentes. Tinha um colégio, não podia atirar. As crianças têm que viver. Eu peço Justiça, sim, para que não matem outras crianças".

Estamos no segundo ano do governo Bolsonaro, um presidente abertamente racista. Fruto do golpe de 2016, que veio pra aprofundar os ataques a classe trabalhadora, ataques esse que já vinham sendo feitos no governos do PT.

Com um presidente que sustenta um discurso de ódio contra os grupos oprimidos na sociedade, como as mulheres, negros e lgbts. E economicamente avança sobre a classe trabalhadora de conjunto com a reforma da previdência, colocando em vigor a reforma trabalhista, avançando na precarização e privatização da educação, e cada vez mais suas MPs da morte aprofundam a exploração e extingue os direitos trabalhistas.

É esse cenário do poder executivo que da base para ficar corriqueiro os absurdos como o caso de Guilherme, Miguel, João Pedro e Agatha, e durante o ano das eleições a morte de Mestre Moa e Marielle Franco. Historicamente pelo racismo ser uma ideologia exclusiva e estrutural do sistema capitalista, os negros morrem mais pelas mãos genocidas da polícia, são colocados nos postos de trabalho mais precários e vivem nas piores condições de moradia. Juntando o elemento estrutural, com o elementos reacionários do regime que vivemos, o resultado são essas atrocidades.

Mas como vemos no EUA, que as massas negras se colocaram nas ruas exigindo justiça a George Floyd, assassinado a sangue frio por um policial norte americano. Aqui no Brasil também devemos colocar nas ruas o repúdio à um sistema de miséria que representa o capitalismo. Contra a repressão policial devemos gritar a plenos pulmões "Vidas negras importam". Também temos que letra pelo fim da precarização do trabalho, como vemos os entregadores lutando pra melhores condições de trabalho. Temos que lutar pelo fim das demissões em massas que estão sendo colocadas, para os efetivos e, principalmente para terceirizados, como a LATAM anunciou.

Temos que dizer basta para um futuro e presente incerto, seja sobre a própria existência ou na insegurança do seu emprego. Devemos lutar contra o governo Bolsonaro, também lutar contra os militares, como Mourão, Braga Neto e Heleno, figuras que representam uma herança de intervenções militares para oprimir ainda mais a população. Por isso, contra o atual regime, que mostra cada vez mais escancaradamente as disputas para impor o seu autoritarismo, devemos defender uma Assembléia Constituinte Livre e Soberana. Devemos mudar as regras do jogo. Que os interesses da classe trabalhadora seja de fato atendidos. Que lutemos por uma sociedade com o fim da violência policial, e qualquer opressão e exploração.




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