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MUNDO OPERÁRIO | Argentina: continua a luta contra as demissões da Clarin

domingo 29 de janeiro de 2017 | Edição do dia

Trabalhadores demitidos da AGR Clarin, organizações de esquerda, entidades sindicais e estudantis, entidades de direitos humanos e importantes referências da esquerda realizaram na noite de sábado para domingo um abraço na planta Zepita da AGR Clarin localizada no bairro de Barracas na cidade de Buenos Aires.

No dia 16 de janeiro, ao chegarem na porta da gráfica, os 400 trabalhadores da AGR Clarin encontram um comunicado de que a planta seria fechada e todos estavam demitidos. Desde então esses trabalhadores seguem ocupando a planta, que fica no bairro de Pompeya, para evitar que os equipamentos sejam retirados do local, denunciando a falsa crise que o grupo Clarin diz estar passando e exigindo seus empregos de volta.

A jornada se iniciou às 20h de sábado e durou até a manhã de domingo. Foi realizado um ato e piquetes nas saídas das plantas. Esta ação, que contou com a solidariedade dos caminhoneiros, afetou o sistema de distribuição do jornal impresso até às 7h da manhã, quando a patronal contou com a forte ação da polícia e conseguiram assim que saíssem alguns caminhões.

Estavam acompanhando a jornada referências políticas das mais importantes da esquerda Argentina como Myriam Bregman, Christian Castillo e Patricio del Corro (PTS), Marcelo Ramal e Gabriel Solano (PO) e Luis Zamora (AyL).

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Christian Castillo, representando o PTS, voltou a denunciar o brutal cerco da mídia que tem lugar contra esta importante luta. “O caminho para vencer é fortalecendo as ações. São necessárias jornadas nacionais de luta, uma paralisação do sindicato gráfico e é necessária a exigência de ações às grandes centrais sindicais” disse o dirigente.

A Clarin é uma importante gráfica da Argentina e seu jornal é muito conhecido. O grupo aumentou cinco vezes sua receita através de publicidade do governo entre 2015 e 2016. Neste período recebeu mais de 600 milhões de pesos por parte da ex presidente Cristina Kirchner e do atual governo de Macri. O fechamento da fábrica é uma medida clara para impor condições de flexibilização do trabalho. Esta definição está em sintonia com a política que vem impulsionando o governo nacional de avançar em modificações de convênios coletivos de trabalho para “aumentar a produtividade”. Por trás desse discurso da “modernização das relações de trabalho”, o que se esconde é uma política para aumentar os níveis de exploração da classe trabalhadora.




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