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ELEIÇÕES 2018 | Após pesquisas eleitorais, Bolsa cai e dólar sobe, em tentativa do capital financeiro de influenciar a política do país

Com Bolsonaro crescendo menos que o esperado e Haddad subindo, mercado internacional tenta influenciar o processo eleitoral, que está sob tutela do Judiciário e a Lava Jato para escolher a dedo o próximo presidente que seguirá os ajustes de Temer.

terça-feira 11 de setembro de 2018 | Edição do dia

Na semana seguinte após a facada de Bolsonaro, as pesquisas demonstraram que o incidente não fez com que o candidato subisse muito nas pesquises. Ao mesmo tempo, o segundo lugar se embolou, com Ciro tomando a ponta e Haddad crescendo. Além disso, Bolsonaro perde no segundo turno em muitos casos.

Ao que parece, após não conseguirem emplacar seu candidato inicial, Alckmin, o estabilishment parece ter começado a jogar suas cartas por Bolsonaro. Porém com a alta rejeição que conta o candidato reacionário, sua vitória num eventual segundo turno não parece tão provável.

Depois da facada a Bolsonaro, a Bolsa teve crescimento e o dólar caiu. Agora, com as pesquisas eleitorais, em que o candidato não cresceu, o efeito é reverso. A Bolsa registrou sua maior queda desde julho de 2018. O dólar, que vinha registrando queda, chegou ao topo de 4,17 mas estabilizou em 4,15.

Como a própria mídia burguesa confirma, essas mudanças têm a ver com o fato que os candidatos de “centro-esquerda” não teriam compromisso suficiente com o equilíbrio fiscal, ou seja, mais ataques aos trabalhadores. Isso só reforça o caráter parasitário do mercado financeiro, que especula e aumenta seus lucros com a miséria do povo, tentando manipular essas eleições assim como já vem fazendo o Judiciário, com o objetivo de aprofundar os ataques dos empresários e seus políticos, ligados à direita, ao agronegócio, às Forças Armadas e a Igreja, tudo isso apoiado por interesses estrangeiros das empresas e estados que dominam o mundo.

Apesar disso, nem o PT nem Ciro apresentam um programa que represente os interesses dos trabalhadores e se enfrente com o capital financeiro. Todos eles pretendem manter o pagamento da dívida pública. Para enfrentar isso, é necessário um programa anti-imperialista e anticapitalista, que defenda o não pagamento da dívida pública. É muito claro que esta dívida é ilegítima, ilegal e fraudulenta, funciona apenas como um mecanismo de usurpação das riquezas geradas pela classe trabalhadora brasileira que coloca o país de joelhos frente ao capital imperialista. Apenas assim poderíamos tomar as rédeas da economia nacional, destinando as riquezas produzidas no país para a necessidade da maioria da população.




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