O presidente da CPI da Covid no Senado, Omar Aziz (PSD), anunciou nesta noite (12/05) que irá enviar o depoimento de Fábio Wajngarten ao Ministério Público para investigação de suposto crime de falso testemunho.
quarta-feira 12 de maio de 2021 | Edição do dia
(Foto: Alan Santos/PR)
Aziz anunciou a decisão quando a sessão da CPI voltou após ser suspensa. O depoimento do ex-chefe da Secom foi tumultuado, quando o próprio Aziz acusou-o de estar mentindo por tangenciar as respostas das perguntas. O relator, Renan Calheiros (MDB), havia pedido a prisão de Wajngarten mais cedo, porém o presidente havia dito que não iria acatar. A sessão da CPI foi suspensa em decorrência da confusão que se seguiu, onde o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) chamou Calheiros de vagabundo e mandou ele "se foder" (sic).
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O depoimento será enviado ao MP "para a tomada de providências que o procurador responsável entender cabíveis, no sentido de promover a apuração e eventualmente a responsabilização, inclusive com a aplicação de penas restritivas de direito, pelo eventual cometimento do crime de falso testemunho perante essa comissão", segundo o despacho de Aziz.
A sessão foi finalizada por volta das 19h45. Aziz afirmou que Wajngarten havia mentido, e que iria convocar novamente Marcelo Queiroga, ministro da saúde, que teria "mentido mais que ele".
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Em seu depoimento, Wajngarten evitou responsabilizar Bolsonaro pela condução da pandemia, se chocando com a linha de setores como Calheiros, que busca pintar Bolsonaro como o único culpado, e isentar setores do Centrão, STF e governadores do desastre que ocorre no Brasil, com mais de 420 mil mortos. Por isso é importante reafirmar que a CPI não oferece um caminho para a resolução da pandemia, pois é conduzida por setores que são culpados, junto com Bolsonaro, pela situação atual e serve para que estes possam limpar sua imagem, frente aos questionamentos sobre os rumos do país.
