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DESTRUIÇÃO DA AMAZONIA | Após onda de críticas e manifestações convocadas, Bolsonaro finge querer "proteger" Amazônia

Depois de acusar ONGs, Bolsonaro muda o discurso, tenta esconder seu alinhamento com o agronegócio e mineradoras, e pede, cinicamente, o apoio da população brasileira – e tudo porque foram marcadas manifestações em todo o país e no mundo conta a destruição da Amazônia e começou a receber críticas e ataques internacionais.

sexta-feira 23 de agosto de 2019 | Edição do dia

Foto: Gazeta do Povo - PR

Depois da escuridão que tomou o céu de alguns Estados brasileiros, Jair Bolsonaro (PSL), que em entrevista coletiva, afirmou que ONGs deveriam estar por trás do incêndio que se alastra na divisa de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul com o Paraguai e a Bolívia, agora recebe as críticas internacionais ao seu governo, com direito a uma matéria sob título de “Destruição da Floresta Amazônica Acelera”, na primeira página do jornal New York Times.

O jornal americano destaca na matéria toda a repercussão resultante da publicação dos dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) referente ao desmatamento da Floresta Amazônica. Segundo o Inpe, as queimadas em todo o território nacional, tiveram um aumento, em número, de 82% em relação ao mesmo período de 2018, sendo o Estado do Mato Grosso o que mais sofre com as queimadas. Na matéria do jornal alegam que "Bolsonaro rejeitou os novos dados sobre o desmatamento, chamando-os de ’mentira’ - uma afirmação que os especialistas chamam de infundada. Durante uma reunião com jornalistas internacionais na semana passada, o presidente classificou a preocupação com a Amazônia como uma forma de ’psicose ambiental’”.

Já foi também organizado um abaixo assinado na internet que teve mais de 4 milhões de assinaturas, além das manifestações que foram marcadas em todo o país e também em outros lugares do mundo (como Argentina, Uruguai, Guatemala, Espanha) em frente às embaixadas brasileiras, o que mostra todo o ódio da população à destruição da natureza em prol do lucro, como faz Bolsonaro, o Agronegócio e os capitalistas.

Diante de toda a repercussão e a pressão internacional e do grande rechaço da população diante do desmatamento que ocorre na primeira fase do atual governo, Bolsonaro voltou atrás no ataque que dirigiu às ONGs, declarando agora (22/08) que produtores rurais e fazendeiros podem ser responsáveis por incêndios na região e, cinicamente, pediu apoio da população para denunciar atos criminosos contra a floresta.

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Bolsonaro declara isso como se não estivesse totalmente alinhado com os setores do agronegócio e as mineradoras, verdadeiros criminosos que destroem o meio ambiente, assassinam as populações tradicionais e os povos indígenas, em prol do lucro deles. Bolsonaro, diante também das manifestações que foram chamadas em vários locais do país, faz um discurso cínico, achando que poderá mascarar ou esconder sua política devastadora contra o meio ambiente.

Agora, que outros países atacam seu governo e que a população passa a rechaçar abertamente seu projeto escancarado de destruição do meio ambiente, o presidente pede pelo apoio da população. População essa que o mesmo sempre atacou com palavras chulas, que sofre com os cortes na educação e na saúde, que irá trabalhar até morrer e que, se depender dele, também irá trabalhar nos finais de semana e feriados, sem direito a descanso. População que agora demonstra um ódio sincero ao seu governo que só reserva miséria para nossas vidas e para o mundo, com a qual ele está vendo a necessidade de dialogar para que esse ódio não se alastre.

É preciso uma mudança radical na sociedade para se construir uma política responsável que jamais coloque o lucro acima da vida. A produção, que deveria existir para o sustento da vida, hoje está voltada para o lucro da minoria de capitalistas que se sentem donos do mundo. Somente uma sociedade livre desse sistema predatório capitalista, poderá superar essa exploração intensa contra a natureza e essa vida social miserável que nos obrigam a engolir.

Leia também: É preciso dar um basta a sanha predatória de Bolsonaro e dos Capitalistas.




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