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Recife | Após mais de 80 mortos e cerca de 1000 desabrigados, Bolsonaro chega em Recife

Acompanhado pelos ministros da Saúde, Marcelo Queiroga, Desenvolvimento Regional, Daniel Ferreira, Turismo, Carlos Brito, e Cidadania, Ronaldo Bento, Jair Bolsonaro irá a Recife (PE) para vistoriar a situação dos danos provocados pelas chuvas no estado.

segunda-feira 30 de maio de 2022 | Edição do dia
Foto: Pedro Ladeira/Divulgação

Comunicando sua ida a Recife, Bolsonaro diz:
“Nosso governo disponibilizou, desde o primeiro momento, todos os seus meios para socorrer aos atingidos, aí incluindo as Forças Armadas. Na manhã de segunda (30/maio), me deslocarei para Recife, para in loco, melhor se inteirar da tragédia”.

Bolsonaro disse isso demagogicamente como se os 87 mortos e quase 1000 desabrigados nas chuvas que atingem a Região Metropolitana da capital pernambucana estivessem sido colocados nessa situação por uma tragédia natural.

Entretanto, o que ocorre é fruto do descaso do governador Paulo Câmara (PSB) e de seu aliado João Campos, além de prefeitos como Lupércio (Solidariedade) em Olinda e o bolsonarista Anderson Ferreira do PL.

Bolsonaro governa em prol dos negacionistas ambientais, em benefício dos empresários do agronegócio e menosprezando as queimadas na Amazônia e no Pantanal, o que provoca e agrava essa situação que os pernambucanos estão enfrentando agora com as enchentes. No início do ano, vimos o mesmo acontecer em Minas Gerais, na Bahia e no Rio de Janeiro.

É preciso lutar por um grande plano de obras públicas emergencial e uma reforma urbana radical, remanejando as águas das chuvas, construindo moradias populares em áreas seguras com acesso a saneamento para enfrentar essa situação.

Como disse Marcello Pablito, é necessário que os trabalhadores, os jovens, os setores oprimidos, se organizem "contra a irracionalidade ambiental do capitalismo, que tem sua cara mais nefasta em Bolsonaro, o Ministério do Meio Ambiente, Guedes, Congresso e o agronegócio. Assim como o STF, que ataca as terras indígenas, beneficiando não só o agronegócio, mas o garimpo também. Para isso, é necessário lembrar que essa luta tem que superar o PT, porque foi durante os 13 anos de governos do PT que se fortaleceu o agronegócio e não podemos esquecer que essa calamidade capitalista acontece no governo estadual do PSB. Inclusive todas essas medidas de emergência é uma exigência ao governo do Pernambuco, assim como do Estado brasileiro, que liberem todos os subsídios necessários para atender os afetados e os que possam ainda ser afetados. E confiscar os bens e as fortunas dos empresários e do agronegócio que roubam os recursos das nossas florestas em prol de seus lucros. Precisamos lutar por uma reforma urbana radical, numa unidade entre trabalhadores, juventude, setores oprimidos e povo pobre.

As massas trabalhadoras e pobres não podem estar sozinhas. A intelectualidade tem um enorme papel a cumprir na recuperação em uma perspectiva pró-operária e popular. Para exercer esse papel, é preciso romper com o currículo tradicional, construído para esvaziar mentes, corações e encher os ricos de patentes. Os economistas, arquitetos, assistentes sociais, médicos, enfermeiros, contabilistas, bibliotecários, arquivologistas, jornalistas, devem ser convocados a colocar seu conhecimento a serviço de construir e disseminar esse plano de emergência, contribuindo para seu sucesso e para a melhoria da qualidade de vida das massas trabalhadoras e pobres".




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